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Em uma resolução publicada na edição desta segunda-feira (11) do Diário Oficial da União, o Senado autoriza o governo do Paraná a emprestar R$ 350 milhões do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). De acordo com o texto, o dinheiro será investido o "Projeto Multissetorial para o Desenvolvimento do Estado do Paraná". A aprovação do crédito gerou polêmica no fim do ano passado, quando uma intervenção do senador Roberto Requião (PMDB) provocou o adiamento da votação que autorizava a empréstimo.

O Governo do Paraná tem um prazo de 540 dias para assinar a operação de crédito externo. A dívida deve começar a ser paga em 2018. Serão 20 parcelas semestrais (com vencimento em 15 de abril e 15 de outubro de cada ano), até 2027. De acordo com a resolução, o empréstimo conta com garantia da União.

O projeto que aprovou o empréstimo seria apreciado no fim do ano passado, mas o senador Roberto Requião interveio, dizendo que se recusava a votar "no escuro". Diante disso, o então presidente do Senado, José Sarney (PMDB) retirou a propositura da pauta. O adiamento da votação rendeu troca de farpas com o governador Beto Richa (PSDB), que chegou a dizer que Requião traiu o Paraná.

"Ele [Requião] deveria ser o primeiro a cumprir sua obrigação e seu dever com o Paraná, mas é o primeiro a criar caso. É engraçado e jocoso o senador dizer que não conhece o projeto, quando aprovou os mesmos empréstimos para outros estados", disse Richa, à época.

Os outros dois senadores do Paraná, Alvaro Dias (PSDB) e Sérgio Souza (PMDB) afirmaram, na ocasião, que eram a favor do empréstimo. "Não concordo com a forma em geral que o Senado trata esses empréstimos. Mas o Senado agiu com dois pesos e duas medidas; não votou o empréstimo para o Paraná, mas aprovou para outros quatro estados na mesma noite", disse Alvaro.

Em fevereiro, Requião se manifestou favoravelmente ao crédito externo. Em um requerimento enviado à presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, ele fez algumas observações quando ao empréstimo, mas manifestou apoio à sua contratação.

O crédito do Banco Mundial é o maior de um pacote de cinco negociações internacionais conduzidas desde o ano passado pelo governo Richa. Juntas, elas totalizam investimentos de 635,7 milhões de dólares (R$ 1,329 bilhão) para áreas como assistência social, segurança e saúde.

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