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O que a oposição quer investigar:

1 - A compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA)

2 - Indícios de pagamento de propina a funcionários da estatal por uma companhia holandesa

3 - Denúncias de plataformas lançadas ao mar sem itens de segurança

4 - Indícios de superfaturamento na construção de refinarias

Senador tucano protocola pedido de impeachment de Dilma

Sob a alegação de que a presidente Dilma Rousseff (PT) cometeu ato de improbidade administrativa no processo de compra da refinaria de Pasadena (EUA), o senador Mário Couto (PSDB-PA) protocolou na tarde desta terça-feira (1º) um pedido de impeachment na Câmara dos Deputados.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que o pedido de impeachment não tem "fundamento" nem "seriedade".

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Chefe da Petrobras nos EUA se opôs a preço de Pasadena

Presidente da Petrobras América entre 2007 e 2008, o engenheiro Alberto Guimarães se opôs à proposta da estatal de comprar 100% da refinaria de Pasadena. Ele também se mostrou preocupado com o valor oferecido para a sócia belga Astra Oil.

Sob o comando de José Sérgio Gabrielli, a Petrobras comprou 50% de Pasadena em 2006 por US$ 360 milhões e ofereceu US$ 700 milhões aos belgas para ficar com toda a refinaria em dezembro de 2007. Quem assinou a proposta foi o então diretor da área internacional, Nestor Cerveró. Em setembro, porém, o então presidente da Petrobras América, braço da estatal nos EUA, fez os alertas por e-mail aos executivos do Brasil.

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez nesta terça-feira (1º) a leitura do requerimento para criação de CPI da Petrobras na Casa. A leitura foi feita pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) em plenário. Os senadores têm até a meia-noite desta terça-feira para retirar ou acrescentar assinaturas. A CPI do Senado tem, no momento, 29 assinaturas, duas a mais que o mínimo necessário.

Entre os quatro objetos previstos na investigação parlamentar, está o pedido de apuração da compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Conforme revelou o jornal O Estado de S.Paulo, a presidente Dilma Rousseff, quando era presidente do Conselho de Administração da Petrobras, votou a favor da operação, mesmo tendo se embasado em um resumo juridicamente falho.

A senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR) questionou em plenário o escopo do pedido de CPI apresentado pela oposição. Ela argumentou que os quatro objetos sugeridos não fariam parte de um mesmo fato determinado.

Governistas tentam derrubar CPI da Petrobras Em mais uma tentativa de inviabilizar a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, governistas vão apresentar nesta terça-feira mais uma questão de ordem questionando a conexão entre os objetos propostos pelo requerimento que pede as investigações. A estratégia é, com isso fundamentar um pedido de impugnação da comissão, alegando que ela não poderia existir, já que pretende apurar fatos sem relação entre si.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) deve ser a porta-voz do pedido de impugnação. Após apresentada em plenário, a questão de ordem precisa ser analisada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O peemedebista, desde o início dos rumores de criação de uma CPI, tem se manifestado contrário às investigações por parlamentares, alegando que isso serviria de "palanque eleitoral" para a oposição.

O requerimento protocolado semana passada pela oposição, que será lido em plenário ainda hoje por Renan, prevê quatro objetos a serem investigados pelos senadores. São eles: processo de aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA); indícios de pagamento de propina a funcionários da estatal pela companhia holandesa SMB Offshore; denúncias de falta de segurança em plataformas; indícios de superfaturamento na construção de refinarias.

O argumento para o pedido de impugnação da CPI é o mesmo que vem sendo usado desde semana passada pelos oposicionistas para contra-atacar as ordens do Palácio do Planalto, que orientou pela ampliação dos objetos de investigação da comissão. A ideia do governo era incluir investigações sobre a construção do porto de Suape, e tentar alcançar o pré-candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB), e também o cartel nas obras de trens e metrô em São Paulo, governado pelo PSDB do também postulante ao Planalto Aécio Neves.

Em outra frente, já começou a coleta de assinaturas para instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cartel. Em resposta, a oposição também já deu início à coleta de assinaturas, na Câmara, para instalar uma CPMI da Petrobras.

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