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Uma polêmica mudança feita pelos deputados na noite de terça-feira devolveu para o Senado o projeto que muda a maneira de gerir os direitos autorais no país.

A versão aprovada pela Câmara incluiu no texto a isenção da cobrança de direito autoral para o evento que "tiver finalidade filantrópica de utilidade pública com objetivo beneficente". Com isso, festas promovidas por templos religiosos e entidades filantrópicas não terão que pagar ao Ecad.

Segundo técnicos da Casa, no entanto, a medida abre brecha para beneficiar empresas privadas que realizam eventos de caráter beneficente. Autor da alteração, o deputado Nilton Leitão (PSDB-MT) negou esse efeito. "Só vale para entidade beneficente. A intenção é fazer justiça. O Ecad às vezes banaliza [a cobrança] nas cidades do interior", disse.

A relatora do texto na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), insistiu, sem sucesso, para que os deputados não fizessem mudanças. Com isso, o texto poderia seguir direto para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

Jandira disse que a alteração foi genérica e defendeu que o Senado reavalie. "Ficou genérico e sem critério. É difícil manter dessa forma." Ela deve procurar o comando do Senado para tentar votar a proposta antes do recesso parlamentar, previsto para começar na próxima semana.

Na semana passada, diversos artistas como Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Caetano Veloso pressionaram os congressistas a acelerar a votação do texto, resultado de CPI encerrada no ano passado que apontou fraudes e falta de transparência no Ecad – o órgão nega irregularidades.

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