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A Casa da Dinda já viveu momentos de mais glamour. Os gastos com marmitas pagas pelo senador Fernando Collor (PTB-AL), entregues diariamente no endereço que figurou no escândalo que derrubou o ex-presidente, aumentaram 80,8% de 2010 para 2012. Na residência localizada em área nobre da cidade, as refeições são levadas no almoço para funcionários do parlamentar. No ano passado, o Senado desembolsou R$ 52,2 mil — o que daria em média 435,4 refeições em um mês. Collor tem lotados em seu gabinete 59 servidores comissionados e dois efetivos.

Desses, 42 estão em regime especial de frequência e não precisam bater ponto. Entre eles, o jardineiro Acemilton Gonçalves da Silva, que recebeu em dezembro salário bruto de R$ 2 mil mais auxílio de R$ 740, segundo consta no Portal Transparência do Senado.

O Boka Loka – razão social Kishimoto –, um restaurante simples localizado na região do Lago Paranoá, fornece há quatro anos as marmitas para o senador. A refeição custa R$ 10, incluindo a taxa de entrega de R$ 1. "Varia muito, mas a média [diária] é de 20 a 22 quentinhas entregues na casa do senador", disse uma funcionária do Boka Loka.

Indagado se funcionários do gabinete trabalham na Casa da Dinda, o chefe de gabinete de Collor, Joberto Mattos de Sant’Anna, apenas declarou que "as quentinhas [marmitas] são consumidas pelos servidores do gabinete conforme o ato do primeiro secretário, nº10, de 2011".

De acordo com essa regra, o senador pode pagar a alimentação dos funcionários comissionados com a verba da cota de atividades parlamentares.

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