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O senador Ramez Tebet (PMDB-MS) entrou em coma, após ter o estado de saúde agravado na tarde desta sexta-feira (17).

Segundo o médico que acompanha o senador, Issamir Farias Saffar, Tebet entrou em coma em razão da falência de alguns órgãos. Ele responde a pequenos estímulos, mas isso, segundo Saffar, não está relacionado à consciência.

"São apenas estímulos periféricos, o que não significa que ele esteja consciente sobre o que está acontecendo a sua volta", afirma o médico.

Tebet está em sua residência, em Campo Grande, acompanhado de familiares e assessores. Segundo os médicos, o tratamento é domiciliar porque os tratamentos terapêuticos já não surgem efeito.

O estado de saúde do senador Ramez Tebet (PMDB-MS) é crítico desde a noite de quinta-feira (16). Ele esteve internado por mais de uma semana, entre o final de outubro e o começo deste mês, no hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Tebet, que completou 70 anos de idade no último dia 7 de novembro, faz tratamento contra o câncer há mais de 20 anos. Ele se curou de um câncer na bexiga, mas, há dois anos, outro câncer, desta vez no rim, foi diagnosticado. Tebet estava fazendo quimioterapia quando, no final de outubro, teve uma reação alérgica a medicamentos e foi internado no Albert Einstein.

Segundo a assessoria de imprensa do senador, no fim da tarde desta sexta (17), a equipe que trata do parlamentar deve divulgar novo boletim médico sobre seu estado de saúde.

Carreira política

Tebet foi prefeito da cidade de Três Lagoas-MS (1975-78), secretário de Justiça do estado de Mato Grosso do Sul (1978), deputado estadual (1979-82), vice-governador do Mato Grosso do Sul (1982-86), governador do estado (1986-87) e ministro da Integração Nacional (2001).

Tomou posse como senador em 1995, tendo sido reeleito em 2002 para o mesmo posto, com 734.253 votos (38,19% dos votos válidos), superando o petista Delcídio Amaral, que obteve 496.879 (25,84%). Ocupou a presidência da Casa entre 20 de setembro de 2001 e 31 de janeiro de 2003.

Tebet substituiu, na época, Jader Barbalho (PMDB-PA), que renunciou ao mandato para evitar um processo de cassação, acusado de participar de um esquema de desvio de dinheiro público no Pará e na extinta Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Então ministro da Integração Nacional do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Tebet deixou o ministério para assumir a Presidência do Senado, escolhido como um nome de "consenso" para administrar a crise na Casa, após o racha entre Jader e o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), que também renunciou após se envolver na quebra do sigilo do painel eletrônico, na votação da cassação do senador Luiz Estevão (PMDB-DF). Tebet teve papel importante no processo de cassação de Luiz Estevão. Ele também presidiu a CPI do Judiciário, que investigou a ligação de Estevão com o desvio de R$ 169 milhões nas obras do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em São Paulo.

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