Um grupo de 19 senadores de PSDB, DEM, PT, PMDB, PSB e PDT, que se reuniu na tarde desta terça-feira no gabinete de Tasso Jereissati (PSDB-CE), decidiu pedir em conjunto, no plenário, o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse que toda a Casa está contra Renan.
Os senadores decidiram também fixar em 2 de novembro o prazo para que todas as representações contra Renan no Conselho de Ética sejam votadas, incluída na lista a quinta representação, que trata da denúncia de espionagem contra senadores de oposição e ainda será apresentada.
Os 19 parlamentares prometem iniciar um processo de "obstrução total" na Casa. PSDB e DEM vão protocolar esta quinta representação ainda nesta terça.
O presidente do Senado voltou a negar que esteja por trás do esquema supostamente montado por seu assessor, o ex-senador Francisco Escórcio (PMDB-MA), para espionar senadores de oposição.
- Nada disso que falam faz parte de minha formação como homem público e democrático. Eu jamais autorizei, autorizaria ou permitiria que alguém fizesse isso contra um senador. Pelo contrário: eu é que tive minha vida e de minha família devassada à luz do dia - afirmou ele ao chegar ao Congresso.
Questionado sobre sobre a possibilidade de se afastar da presidência do Senado, Renan ficou em silêncio. Limitou-se a dizer que falaria no plenário.
O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), avisou que vai cobrar nesta terça-feira, na tribuna, que o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), indique o relator da terceira representação contra Renan, que trata de uso de laranjas para esconder a propriedade de empresas de comunicação. Agripino adiantou que, se Quintanilha não anunciar o nome do relator, vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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