Seqüestradores matam vítima e enviam o dedo para a família

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A dona de uma empresa que atua como cooperativa de perueiros foi assassinada logo após ter sido seqüestrada na última sexta-feira em Arthur Alvim, na zona leste de São Paulo, segundo a polícia. A mulher teria sido morta a pancadas e seu corpo jogado em uma ribanceira. Um dedo do cadáver chegou a ser enviado para os familiares da vítima. Marlene Bitencourt, de 57 anos, teria sido seqüestrada na noite de sexta-feira por um ex-funcionário de sua empresa, segundo o delegado Carlos Castiglioni, titular da 1ª delegacia Anti-Seqüestro. O criminoso, Anderson Moreira Alves, de 35 anos, teria cometido suicídio ao ser encontrado pela polícia.

Segundo o delegado, mesmo com a vítima morta, Alves e sua mulher, Sandra Regina Gomes da Silva, de 39 anos, telefonaram no fim de semana para a família de Marlene para exigir o pagamento de um resgate. Os familiares pediram, então, aos seqüestradores uma prova de que Marlene ainda estaria viva.

- Eles indicaram um telefone público na Avenida Assis Ribeiro. Um sobrinho foi até lá esperando receber uma ligação e acabou encontrando um dedo e uma correntinha - disse o delegado. O indicador direito foi levado ao IML, mas a polícia imediatamente desconfiou de que a vítima já estava morta.

Por volta das 13h de ontem, a polícia descobriu o endereço de Alves, na Rua Laranja de Natal, 23, em Arthur Alvim. O ex-motorista era o suspeito, pois havia sido recentemente demitido da cooperativa e sabia que a vítima havia vendido um ônibus há 3 meses e estava com o dinheiro.

Após baterem na porta da casa do suspeito, os policiais teriam sido recebidos por Sandra e, em seguida, ouvido um disparo. Os policiais disseram que Alves estava nu numa cama e que ele havia dado um tiro na boca. Ele foi levado para o hospital, mas não resistiu ao ferimento, segundo a polícia. Ele tinha passagens pela polícia por lesão corporal e apropriação indébita. Sandra foi presa sob a acusação de extorsão mediante seqüestro. Ela chegou a negociar o resgate.