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O primeiro debate entre candidatos a governador nas eleições de outubro, realizado na noite desta quarta-feira pela TV Gazeta, foi marcado pela ausência do ex-prefeito José Serra, concorrente do PSDB e líder nas pesquisas de intenção de voto, e pelas propostas vagas dos participantes.

Sete postulantes ao Palácio dos Bandeirantes estiveram no encontro, sendo que dois deles-Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) e Éder Xavier (PTC)-garantiram a participação graças a decisões da Justiça.

Segundo e terceiro colocados nas pesquisas de intenção de voto Aloizio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB) centram ataques nos 12 anos de governo de PSDB no estado.

- São Paulo sempre foi a locomotiva do país, mas nesses 12 anos cresceu abaixo da média dos outros estados do país porque o governo PSDB/PFL não soube enfrentar a guerra fiscal, não investiu nas agências de desenvolvimento - criticou o petista quando perguntado sobre as formas de aumentar a arrecadação estadual para garantir reajustes salariais que ele havia prometido ao funcionalismo público.

Quércia criticou a gestão tucana ao falar de segurança pública e defender a ajuda do Exército a São Paulo.

Xavier foi o responsável pelos momentos de humor do debate, arrancando gargalhadas do público ao insistir na proposta de que todos os 16 candidatos ao governo paulista devem se sentar à mesa para discutir soluções aos problemas do estado.

- Tenho certeza que o senhor vai ser o primeiro a se sentar à mesa - disse ele a Plínio, quando o candidato do PSOL demonstrou descrença em relação às promessas dos concorrentes.

Mercadante ficou na defensiva em alguns momentos de críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feitas principalmente por Carlos Apolinário (PDT) e Plínio de Arruda Sampaio.

- Eu via o PT gritar 'fora daqui o FMI' algum tempo atrás. E agora vejo o Lula ir lá pagar o FMI dois anos antes de a dívida vencer. Se não mudarmos essa política econômica carrasca, nada vai mudar - disse Apolinário.

Ex-filiado do PT, Plínio atacou o governo Lula acusando-o de descumprir promessas de campanha. Também ironizou as promessas feitas pelos adversários de reajustar salários de servidores, concluir o rodoanel e investir em educação. Segundo ele, de nada adiantam promessas, se o governo não romper com a atual política econômica.

Também participaram do encontro Mário Guide (PSB), Cláudio de Mauro (PV).

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