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O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso ao lado de José Serra na cerimônia que oficializou a pré-candidatura do tucano ao Planalto | Dida Sampaio/AE
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso ao lado de José Serra na cerimônia que oficializou a pré-candidatura do tucano ao Planalto| Foto: Dida Sampaio/AE

São Paulo - Ao lançar sua campanha à Pre­­sidência da República, ontem, durante uma movimentada convenção em Brasília, o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), não poupou críticas indiretas a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e voltou a repetir seu slogan de que o "Brasil pode mais".

Serra iniciou sua fala pedindo um minuto de silêncio em homenagem às vítimas das enchentes e deslizamentos no Rio de Janeiro. Em seu discurso, criticou a divisão do país em classes e regiões e ainda provocou seus adversários ao dizer que "o Brasil não tem dono" e que a oposição está preparada para "quanto mais mentiras disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles".

Segundo Serra, é "deplorável que haja quem, em nome da política, tente dividir o nosso Bra­­sil". Serra arrancou aplausos dos militantes ao dizer que o Brasil precisa de "coragem para construir o Bra­­sil melhor, o Brasil da união". "Jamais ro­­tularemos os adversários como inimigos da pátria ou do povo", disse.

O ex-governador disse ainda que defende um país sem exclusão. "Não aceito o raciocínio do nós contra eles. Não cabe na vida de uma nação. Somos todos irmãos na pátria. Lutamos pela união dos brasileiros e não pela sua divisão. Pode haver uma desavença aqui outra acolá, como em qualquer família. Mas vamos trabalhar so­­mando, agregando. Nunca dividindo. Nunca excluindo", afirmou.

Serra gastou parte do seu discurso criticando a falta de ações na área da Saúde durante o governo Lula após lembrar seus feitos à frente do Ministério da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso.

"Criamos a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e a Agên­­cia Nacional de Saúde, a implantação dos genéricos, a proibição do fumo nos aviões e da propaganda de cigarros e a regulamentação dos planos de saúde." Serra disse que boa parte da criminalidade do país é motivada pela certeza de "impunidade". "Um país só poderá atingir a paz se se existir a garantia de que a atitude criminosa não ficará sem castigo", disse.

Atrasado em mais de duas horas, o ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG) foi recebido no lançamento da candidatura de José Serra aos gritos de "vice, vice, vice’’. Disse que "a partir de Minas estarei ao seu lado, governador José Serra, onde quer que eu seja convocado.’’

A frase foi lida pelos presentes como um aceno de que aceitaria ser candidato a vice. Mas no final do evento, Aécio reafirmou que será candidato ao Senado. "O que quis dizer é que, como candidato ao Senado, estarei livre para viajar com ele pelo Brasil.’’

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