Cerca de 2 mil pessoas, boa parte professores e servidores do governo estadual, protestaram contra o governador Beto Richa (PSDB) em Curitiba, neste sábado (21). Durante a manifestação, elas pediram o impeachment do governador e chegaram a queimar um boneco com o rosto dele em frente ao Palácio Iguaçu. Não houve registro de violência ou vandalismo. Em Paranaguá e Cascavel, os atos acabaram não acontecendo.
Na capital, os manifestantes se concentraram na Praça Santos Andrade e partiram em direção do Palácio Iguaçu pelas ruas Marechal Floriano, Marechal Deodoro e Cândido de Abreu. Apesar do engarrafamento causado, um número considerável de motoristas e passageiros de ônibus se mostraram solidários ao protesto, buzinando e gritando palavras de ordem. Apenas um carro, na altura da praça 19 de Dezembro, tentou avançar contra a multidão.
Ao chegarem à frente do Palácio Iguaçu, os manifestantes usaram uma churrasqueira de lata para assar batatas. Depois, decidiram colocar fogo em um boneco de pano com uma foto de Richa.
Durante a caminhada, poucos policiais militares acompanhavam o grupo de longe. No Palácio, cerca de dez protegiam o prédio e pediram apenas que os manifestantes não se aproximassem da entrada– e foram obedecidos.
Durante o protesto, os participantes exibiam faixas e cantavam músicas de protesto. Uma das participantes era Suelen Rodrigues de Oliveira, professora contratada por Processo Seletivo Seriado (PSS) que ainda não recebeu os valores da rescisão. “Ao invés de aumentar os próprios salários, o governador deveria prestar serviços à população”, afirma.
Alguns pediam o impeachment do governador, como a professora efetiva Ioná Beli. “Essa crise não veio do nada. O dinheiro saiu de algum lugar e foi para algum lugar”, diz.
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