Representantes das principais entidades do setor produtivo paranaense declararam apoio à decisão do governo do Paraná de postergar o pagamento do reajuste geral dos servidores em 2017. Na visão dos empresários, a medida é necessária para que o estado consiga implantar um reajuste fiscal que permita a retomada do crescimento econômico.
A medida é defendida pelo G7, grupo composto pelas federações das Indústrias (Fiep), da Agricultura (Faep), do Comércio (Fecomercio), dos Transportes (Fetranspar) e das Associações Comerciais (Faciap), além da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e da Associação Comercial do Paraná (ACP). O Movimento Pró-Paraná, o Sindicato da Indústria da Construção Civil e o Instituto Democracia e Liberdade (IDL).
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Leia a matéria completaO grupo defende que a redução dos gastos com a máquina pública é imprescindível para a manutenção dos investimentos no estado. “Se o governo conceder esse reajuste, deixará de investir o mínimo possível, o imprescindível, em áreas, por exemplo, como a segurança pública”, avalia Edson Ramon, presidente do IDL.
Ainda segundo Ramon, o estado já pagou reajuste geral em 2016 e concedeu aumentos acima da inflação nos últimos anos. “Não queremos chegar ao ponto dos outros estados”, disse, comparando a situação do Paraná com a do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul.
Além de defender que o reajuste seja postergado para um momento econômico mais favorável, o grupo se posiciona contrário a qualquer aumento na carga tributária. José Eugenio Gizzi, presidente do Sinduscon-PR, avalia que aumentar impostos não teria efeito positivo para a economia. Segundo ele, o setor produtivo “não aguenta mais” a carga tributária, e qualquer acréscimo tornaria a produção ainda mais dispendiosa, o que levaria a uma diminuição do consumo e consequentemente atrapalharia a retomada do crescimento econômico.
Lei de Responsabilidade Fiscal estadual
Outra medida proposta pelo grupo é a elaboração de uma Lei de Responsabilidade Fiscal estadual. Segundo Edson Ramon, o objetivo dessa medida é assegurar o bom estado das contas públicas, de modo a garantir que tanto os serviços públicos como os compromissos assumidos com servidores ativos, inativos e pensionistas possam ser cumpridos sem sobressaltos.
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