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O ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE), que renunciou ao mandato depois de ser acusado de receber dinheiro do dono de um restaurante da Câmara, foi ao Congresso nesta quinta-feira defender os deputados que poderão perder o mandato por envolvimento no escândalo do mensalão. Ele avisou que estava iniciando uma peregrinação em defesa dos deputados. Para Severino, os ex-colegas são acusados injustamente de ter recebido mensalão.

— Não acredito em mensalão. Não existia isso. Quero justiça, não quero outra coisa. Vou ajudar, vou pedir voto para todo mundo, inclusive para o Zé Dirceu — disse Severino, confirmando que teve encontro com o petista num hotel de Brasília há duas semanas.

Severino disse acreditar que ainda tem grande influência na Câmara, de onde saiu há quase dois meses, depois de renunciar ao mandato para não ser cassado sob a acusação de que cobrou propina do empresário Sebastião Buani, dono do restaurante.

— Quase não pude sair da Câmara, porque era abraçado o tempo todo pelos deputados — disse, referindo-se ao dia em que se despediu do cargo e do mandato.

Pelos corredores, encontrou-se com o deputado Benedito de Lyra (PP-AL):

— Bené, o Jaques (Wagner) vai te procurar. Falei que você era uma pessoa de justiça e coragem — disse, dando a entender que já tinha pedido ao ministro para ajudar a liberar emendas do alagoano.

Voltou a dizer que vai voltar consagrado das urnas de Pernambuco. Ele visitou seu sucessor no cargo, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e esteve com o deputado Vadão Gomes (PP-SP).

O ex-presidente tem ido com certa freqüência à Câmara. Mesmo depois da renúncia, ele ainda encontra guarida no gabinete do segundo vice-presidente da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), um dos articuladores de sua campanha à presidência em fevereiro deste ano. Anteontem à noite, ao deixar a Câmara por volta das 21h, acompanhado de Ciro, do filho José Maurício, Severino afirmou que está em campanha para voltar à Casa.

— Já visitei oito municípios em Pernambuco e vou voltar — afirmou.

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