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O presidente do Conselho de Ética do Senado Federal, Sibá Machado (PT-AC), espera que o trabalho de perícia dos documentos de defesa do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), esteja pronta até a próxima terça-feira, às 12h.

"No final da noite de segunda, ou na terça, não importa. Eu espero que até meio-dia [de terça] a gente já tenha isso em mãos. A análise é durante todo esse período. Desde ontem que já há uma pré-avaliação e eu espero que na terça ao meio dia nós tenhamos isso, inclusive, analisado", disse ele.

O diretor da Secretaria de Controle Interno do Senado, Shalom Granado, deve embarcar ainda neste domingo (17) de Brasília para Maceió (AL) para acompanhar as investigações da Polícia Federal, que apura a veracidade dos documentos apresentados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em sua defesa.

Uma reportagem do Jornal Nacional mostrou que parte dos recibos da venda de bois estava em nome de empresas de fachada, a GF da Silva Costa e a Carnal. Entretanto, ambas negaram a compra de animais das fazendas do senador. No caso do Açougue São Jorge, que teria comprado R$ 429 mil em carnes, este declarou faturamento de apenas R$ 23 mil em 2006.

De acordo com Sibá Machado, o funcionário do Senado Federal enviado vai cruzar as informações das notas de Renan Calheiros com a Receita estadual de Alagoas para, com isso, buscar dirimir dúvidas sobre a veracidade dos documentos. "Portanto, eu solicitei que ele fosse até lá, pessoalmente, e fazendo esse cruzamento de dados com certeza a gente tira qualquer dúvida sobre a veracidade dessas notas", informou o senador.

Segundo avaliação de Machado, o fato de o Conselho de Ética do Senado não ter pedido uma investigação contábil não prejudica a perícia. "Não [prejudica] porque o que está em discussão aqui é se os documentos são verdadeiros. Portanto nós vamos fazer esse cruzamento de informações com a Receita estadual. Temos inclusive ajuda da Polícia Federal sobre isso, e todo o cruzamento contábil", afirmou.

O presidente do Conselho de Ética disse ainda que vai, primeiramente, cruzar as informações já obtidas para, somente depois, ver se há necessidade de se aprofundar mais nas investigações. "Então, o que eu quero nesse momento é cruzar a veracidade dessas notas fiscais como também de toda documentação que foi a nós oferecida. E a partir daí o conselho, com certeza, vai entender se o que tem já é suficiente para uma avaliação ou se quer aprofundar um pouco mais", disse ele.

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