Tercílio Turini: um dos cinco sem faltas em 2015.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Os deputados estaduais paranaenses tiveram 507 ausências em plenário em 2015. Dessas, porém, só 78 foram consideradas “falta”, que levaram a corte de salário dos parlamentares. No total, 183 ausências foram remuneradas mesmo sem que os deputados apresentassem qualquer justificativa para não estar em plenário durante as sessões deliberativas.

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As faltas só acarretam desconto no salário dos deputados quando não o parlamentar não consegue justificar a ausência. No entanto, além das previsões de justificativa (por doença, viagem oficial e outros) é possível que os deputados simplesmente se utilizem de um mecanismo extra. Um acordo de líderes, vigente desde o mandato passado, permite uma ausência sem justificativa por mês e sem desconto.

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O acordo de líderes foi invocado por 46 dos 54 deputados estaduais. Com isso, o acordo se tornou o motivo que “perdoou” o maior número de ausências no plenário. Foram 183 casos contra 128 justificativas por doença e 117 justificativas de outros gêneros. As 78 ausências que realmente contaram como faltas levaram a descontos de R$ 844 cada, do salário de R$ 25,3 mil mensais.

Os deputados que mais tiveram faltas sem justificativa foram dois novatos: Tiago Amaral (PSB) teve nove faltas e Maria Victória (PP) teve oito votos; ambos são deputados de primeiro mandato. Neste ano, quatro parlamentares ficaram sem nenhuma ausência em plenário: Gilberto Ribeiro (PSB), Pastor Edson Praczyk (PRB), Tercílio Turini (PPS) e Felipe Francischini (SD).

Menos faltas

Durante o ano, a Assembleia Legislativa do Paraná realizou 122 sessões deliberativas – ou seja, sessões em que pode haver votações de projetos de lei. Em média, foram quatro deputados ausentes por sessão – uma média muito mais baixa do que a do ano anterior. Em 2014, último ano da legislatura anterior, foram registradas 892 ausências. Isso significa que neste ano houve uma redução de 43% nas ausências.

O número menor de faltas em 2015 tem relação principalmente com o fato de não se tratar de ano eleitoral. Outro ponto que reduziu as faltas foi a votação do polêmico pacote de ajuste fiscal enviado ao Legislativo pelo governador Beto Richa (PSDB). No mês de abril quando foi votado o pacote, não houve uma única falta (ausência não justificada). E das 36 ausências, 12 foram por motivo de doença.