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O rabino Henry Sobel disse que retomou a presidência do rabinato da Congregação Israelista Paulista (CIP) e escolheu a posse de Dom Odilo Scherer como o primeiro evento público para fazer sua reaparição após o episódio da prisão nos Estados Unidos por furto de quatro gravatas pelo apoio que recebeu do arcebispo. Ele disse durante a missa na Catedral da Sé que é muito difícil compreender o inexplicável e mais difícil ainda justificar o inexplicável.

- Continuo muito perplexo com o que aconteceu - disse.

Ele não fala de 'perdão, mas pede fraternidade'. O rabino disse que foi à missa para agradecer o apoio que Dom Odilo deu a ele. Afirmou que continua em tratamento e não tem previsão de voltar aos Estados Unidos. Os advogados do rabino estão cuidando do processo naquele país.

Sobel foi preso em março em Palm Beach, no estado americano da Flórida, acusado de furtar gravatas numa loja da grife francesa Louis Vuitton. Ele foi levado à prisão do condado de Palm Beach, pagou uma fiança de US$ 3 mil e foi liberado no sábado. Ele negou o furto, mas depois acabou admitindo o fato. Para justificar sua atitude, o rabino disse que vinha fazendo uso 'imoderado' de medicamentos hipnóticos e diazepnícos por conta de 'insônia severa'. Esses medicamentos são 'causadores potenciais de quadro confusão mental e amnésia'. Ele foi internado no Hospital Albert Einstein e pediu afastamento temporário da presidência do rabinato.

A Congregação Israelita Paulista informou que não teria um presidente interino enquanto Sobel estivesse afastado. O fato de Sobel ter passado o shabat (descanso em hebraico) na cadeia provocou a ira de judeus conservadores, que consideram o desrespeito a ele uma falta gravíssima. Pessoas próximas ao rabino disseram que ele vinha apresentando quadro de 'senilidade e cleptomania', que é impulso mórbido para o furto.

O rabino é o rosto do judaismo no país e sua atuação em favor dos direitos humanos e um entusiasta da boa convivência entre as religiões. Mesmo após o incidente, a organização da visita do Papa Bento XVI manteve o convite para um encontro multirreligioso que acontecerá durante a visita do pontífice.

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