Sobreviventes dizem que turista desaparecido está morto

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O aposentado Maurício Alves, de 54 anos, um dos seis ocupantes da lancha Tenerife, que afundou na tarde de sábado, em Bertioga, no litoral norte de São Paulo, não tinha sido encontrado até a noite desta segunda-feira.

Segundo Marcelo Merguisso Alves, de 32 anos, filho do aposentado, os amigos que estavam com o pai na lancha contaram que ele estaria morto. "Eles disseram que seguraram o corpo do meu pai por seis horas seguidas, mas, devido às fortes ondas, precisaram soltá-lo", comentou.

As equipes de resgate do 17º Grupamento dos Bombeiros (GB), do Guarujá, realizaram buscas durante todo o dia e início da noite, mas só encontraram a lancha, a 30 quilômetros da costa. Nesta terça-feira, logo cedo, a procura por Alves continua.

No domingo, Marcos Roberto Gomes da Silva, de 23 anos, Eduardo Monteiro Leite, de 36, Alberto Gomes da Silva Júnior, de 30, e Clérverson Bittencourt, de 32, foram resgatados com vida na região da Ilha da Moela, distante 15 quilômetros da costa. O contador Alberto Gomes da Silva, de 55 anos, também foi encontrado, mas sem vida.

O tenente Walmir Magalhães, do 17º GB, afirmou que no domingo, ao escurecer, os trabalhos foram interrompidos como forma de proteção para Alves, que poderia ser atingido por alguma embarcação.

As varreduras estão sendo feitas constantemente pelas equipes de busca na região da Ilha da Moela e da Laje de Santos, para onde as correntezas poderiam ter levado o desaparecido. O tenente Magalhães disse que os bombeiros não estão considerando a possibilidade de Alves já estar morto, como afirmaram os outros integrantes do grupo.

Alves e Silva eram os mais velhos ocupantes da Tenerife, uma lancha de 23 pés (7,5 metros), com motor de popa, propriedade do cabo da Polícia Militar Clérverson Bittencourt, o primeiro a ser resgatado.

Os sobreviventes contaram que o motor quebrou e que o dono da lancha, Clérverson, estava arrumando quando uma primeira onda forte atingiu o barco pela parte traseira. Isso inundou a lancha e outras ondas fortes que vieram na seqüência, acabaram afundando a embarcação entre o Farol da Moela e o Canal de Bertioga.