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Tião Viana disse que vai aguardar detalhes da investigação | Geraldo Magela/Ag. Senado
Tião Viana disse que vai aguardar detalhes da investigação| Foto: Geraldo Magela/Ag. Senado

A Polícia Federal prendeu ontem o secretário de Obras do governo do Acre e outros servidores públicos, entre eles um sobrinho do governador Tião Viana (PT). Batizada de operação G-7, a investigação apontou fraudes em licitação. Segundo a PF, foram desviados R$ 4 milhões de contratos que somam R$ 40 milhões.

Também foram expedidos mandados de prisão contra o ex-secretário de Habitação e ex-superintendente da Caixa Econômica Federal, do diretor do Departamento de Pavimentação e Saneamento e Abastecimento, do secretário municipal de De­­­senvolvimento e Gestão Urbana de Rio Branco. Se­­gundo a PF, foram expedidos 34 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos em Rio Branco e Tarauacá (AC).

A Polícia Federal disse ainda que as obras da Cidade do Povo, projeto orçado em R$ 1,1 bilhão e que prevê a construção de 10,5 mil moradias em Rio Branco, eram objeto de interesse do grupo.

Exames

O sobrinho do governador é diretor de análises clínicas da Secretaria Estadual de Saúde. Durante as investigações, os policiais identificaram um processo licitatório destinado à contratação de uma clínica de exames médicos para desviar fraudulentamente recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), do governo federal.

De acordo com a PF, as investigações foram iniciadas em 2011 e apontaram suposto grupo de sete empresas da construção civil, que atuavam em conjunto para fraudar licitações de obras públicas no estado.

Para a fraude, as empresas simulavam concorrer entre si, garantindo, assim, que uma delas sempre vencesse a licitação. Os concorrentes que não integrassem a organização eram eliminados ainda na fase da habilitação técnica, que é a primeira fase da licitação, em que a administração pública exige da empresa comprovação de sua aptidão técnica para realizar o serviço, informou a PF.

Os envolvidos devem responder pelos crimes de formação de cartel, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude à licitação, e desvio de recursos públicos.

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