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A flexibilidade é uma palavra que, segundo o sociólogo Lindomar Bonetti, da PUCPR, deveria ser mais usada pelos políticos e servidores que proíbem a entrada, nos prédios públicos, de cidadãos com determinadas vestimentas. Afinal, como o próprio nome diz, o que eles estão lá para fazer é justamente servir o público, diz Bonetti.

"Não deveria haver restrições. O acesso deveria ser irrestrito. Deve haver flexibilidade até porque não se sabe da história que há por trás daquele cidadão que está vestido de forma ‘inadequada’", afirma Bonetti. O sociólogo lembra ainda que, muitas vezes, a alegação é de que a pessoa em trajes simples é mal educada. "Mas eles esquecem que a má educação é uma construção social."

Bonetti considera ainda que a proibição do acesso de cidadãos a prédios públicos só em função da roupa "é um retrocesso, uma discriminação". Ele diz que a restrição revela que o poder público reproduz um padrão de homogeneidade baseado no comportamento da classe média. "E isso é uma tendência de setores ultra-conservadores."

Já a personal stylist Adriana Izumi diz que a pessoa que procura o poder público deve ter noção de como se vestir "É lógico que normas são importantes. Temos de ter a noção de onde vamos. Mas essa ‘etiqueta’ tem de ser dos dois lados do balcão. Tudo com flexibilidade. É preciso que o servidor público saiba com quem ele está lidando, porque muitas vezes a pessoa não teve a oportunidade de aprender sobre determinados comportamentos." (CCL)

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