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São Paulo tenta voltar à normalidade, mas os ataques do crime organizado ainda não cessaram. Bandidos atearam fogo em um coletivo que transitava na Vila Maria, na zona norte da cidade. Segundo os bombeiros, ninguém se feriu. Um outro ônibus foi atacado a pedradas no Jaçanã, também na zona norte. Os dois homens acusados da ação foram presos em flagrante. Com isso, sobe para 56 o número de ônibus atacados na capital paulista desde domingo, quando alvos civis entraram na mira dos bandidos.

O estado de São Paulo já sofreu 253 ataques do crime organizado desde a última sexta-feira. A Polícia anunciou que 115 suspeitos foram presos até agora. Outros 71 criminosos foram mortos em confronto com policiais, 19 deles nesta madrugada. As armas apreendidas chegam a 113.

As vítimas dos ataques, entre policiais e cidadãos comuns, somam 44. Nesta lista estão quatro cidadãos comuns mortos e 16 feridos. Os policiais mortos em ataques e emboscadas somam 40 - 23 policiais militares, 6 policiais civis, 3 guardas municipais e 8 agentes penitenciários. Os feridos somaram 53, sendo 37 policiais e 16 civis.

Os ataques a agências bancárias chegaram a 15. Os ônibus incendiados foram 80 em todo o estado de São Paulo em menos de 24 horas, pois os ataques começaram na noite de domingo. Segundo as empresas de ônibus da capital, a destruição de 56 veículos até segunda-feira causou prejuízo de R$ 5 milhões às empresas. Uma garagem de ônibus foi atingida por bombas incendiárias e na estação Artur Alvim do metrô, na zona leste, uma cabine foi alvejada por tiros.

Investigação

De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marco Antonio Desgualdo, começa agora o trabalho de investigação dos envolvidos em ataques.

- Vamos colher provas e relatos para que todos os envolvidos sejam julgados - afirmou Desgualdo.

O delegado também negou acordo com o crime organizado para acabar com as rebeliões.

- Tem de analisar o que é acordo ou se um recado foi mandado. A polícia foi para cima. Eles sabem que, se cutucar, vai sair encrenca, mesmo dentro do princípio da legalidade - afirmou Desgualdo.

Segundo ele, a polícia reforçou o esquema de segurança na periferia. De acordo com Desgualdo, todos os 71 suspeitos mortos são integrantes da facção criminosa. Ele negou que a polícia tenha cometido abusos durante blitze e matado inocentes.

- Não houve abusos. Quem foi executado foram os policiais. Somos legalistas e agimos em legítima defesa ou em defesa de terceiros - afirmou.

Nesta madrugada, na Grande São Paulo, houve dois ataques em Osasco e um na zona norte da capital, onde bandidos atiraram contra um prédio da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo), na Cachoeirinha, onde policiais civis e militares moram na maioria dos 330 apartamentos do prédio.

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