SÃO PAULO - A presidente do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, negou nesta terça-feira o hábeas-corpus que pedia a liberdade provisória para Suzane von Richthofen. Suzane, que está presa no Centro de Ressocialização de Rio Claro, no interior do estado, é ré confessa do assassinato dos pais Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 2002. O julgamento dela e dos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, executores do crime, está marcado para o próximo dia 17 de julho.
Em sua decisão, a ministra afirma que rejeitou o pedido porque o acórdão da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que anteriormente negou o relaxamento de prisão da jovem, ainda não foi publicado no Diário Oficial de Justiça. De acordo com a ministra, sem a publicação da decisão não é possível confrontar os argumentos da defesa contra a decisão do STJ.
De acordo com a assessoria de imprensa do STF, com a decisão, a defesa de Suzane terá de esperar, se quiser, o julgamento do mérito do hábeas-corpus e juntar aos autos do processo elementos para sustentar o pedido de relaxamento de prisão. O julgamento do mérito só ocorrerá em agosto, quando os 11 ministros do STF retornam do recesso.
A defesa de Suzane impetrou o hábeas-corpus nesta segunda-feira para tentar reverter a decisão do STJ que cassou, na última quinta-feira, o benefício da prisão domiciliar concedida à jovem. A favor da acusada, os advogados alegaram que a prisão foi decretada em função do "clamor social" e que a pronúncia (documento que estabelece por quais crimes o réu vai a julgamento) não transitou em julgado-os advogados recorreram da pronúncia. Ainda de acordo com eles, não havia elementos concretos para justificar a manutenção da prisão, que foi baseada na suspeita por parte do Ministério Público de que Suzane pudesse tentar sair do país e de que ela representa uma ameaça ao irmão, Andreas von Richthofen, com que disputa a herança.
Os advogados ainda devem tentar que o julgamento seja desmembrado. Eles preferem que Suzane tenha um júri separado do dos irmãos Cravinhos.
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