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Uma advogada do Rio de Janeiro pode ser investigada por ter acusado o advogado Luís Roberto Barroso, indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), de ter praticado diversos crimes contra ela. A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon, que analisou a ação movida por ela, aponta possível perseguição contra o advogado. Na ação, a advogada acusa Barroso pelos crimes de calúnia, difamação, injúria, formação de quadrilha, prevaricação e advocacia administrativa.

Calmon determinou que as informações do processo contra Barroso sejam enviadas ao Ministério Público e à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para apurar possíveis infrações penal e administrativa cometidas pela advogada.Em sua defesa, Barroso afirma que nunca manteve qualquer contato com a advogada e diz entender que ela deve ser uma pessoa doente, que precisa de tratamento.

Para Calmon, as acusações não têm fundamento e apontam para uma possível perseguição contra Barroso, que atua também como procurador do Estado do Rio.Três juízes, uma procuradora, um delegado e um inspetor de polícia são igualmente acusados pela advogada no processo.Segundo a acusação feita pela advogada, os crimes foram cometidos durante uma sustentação oral ocorrida em maio do ano passado no TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região (RJ e ES). Ela afirma que foi xingada pelo juiz que participava do julgamento e pela procuradora.

A advogada diz ainda que foi vítima de um complô por causa de outras ações movidas contra Barroso. Ela também chama os membros do Ministério Público de "nazistas do MP". Além de pedir a aplicação da Lei Maria da Penha contra Barroso, ela pediu uma indenização de R$ 100 milhões.

Ao analisar o caso, Calmon foi informada sobre outras ações da advogada contra Barroso e que em todas elas seus pedidos foram negados. Nos primeiros processos, Barroso disse imaginar que estava sendo vítima de uma tentativa de chantagem. "Porém, as iniciativas criminais seguintes (sempre com narrativas megalomaníacas e claramente fantasiosas) deixaram transparecer que se trata de uma pessoa doente que precisa de tratamento psiquiátrico", conta a ministra do STJ.

A advogada foi procurada pela reportagem, mas ainda não foi localizada. Seu registro na OAB está cancelado.

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