“Sumido”, ex-tesoureiro de Dilma é intimado à revelia

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Depois de quase um ano e meio de sucessivas e inúteis tentativas de intimar o bancário João Vaccari Neto, tesoureiro da campanha presidencial de Dilma Rousseff e secretário de Finanças do PT, a Justiça de São Paulo decidiu citá-lo por edital. Na última quarta-feira, o Diário da Justiça Eletrônico publicou a chamada a Vaccari para que se manifeste na ação em que é réu por formação de quadrilha, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro – crimes que teria praticado quando exerceu a presidência da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop).

A citação é subscrita pela juíza Cristina Ribeiro Leite Balbone Costa, da 5.ª Vara Criminal de São Paulo. A Justiça "faz saber a todos quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, especialmente João Vaccari Neto, por infração aos artigos...", diz o texto que inclui a denúncia do Ministério Público, de 2011.

Além de Vaccari, outros quatro réus que "atualmente encontram-se em lugar incerto e não sabido" foram citados por edital para apresentação de defesa escrita no prazo de dez dias. Os acusados poderão "arguir preliminares e alegar tudo o que interesse às suas defesas, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas".

Os oficiais de Justiça foram a vários endereços em São Paulo e em Brasília, inclusive no PT, mas Vaccari não foi encontrado. O criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende o secretário do PT, disse que ele não driblou a citação. "Não é que o oficial ficou um ano e meio atrás do Vaccari. A sede do partido fica em Brasília, o oficial foi lá e Vaccari estava fora. Foi citado por edital, algo absolutamente normal. Vamos apresentar resposta no prazo", afirma o advogado de defesa.