Um jogo de cartas alemão promove uma disputa entre 32 ditadores do mundo e coloca Getúlio Varga s ao lado de nomes como Hitler e Saddam Hussein. O jogo é semelhante ao “Super Trunfo”, em que cartas de aviões, carros e tanques de guerra têm suas categorias comparadas. O objetivo é conseguir o maior número de cartas ao fazer a comparação, analisando a cada rodada qual aspecto terá mais valor. No caso de “Tiranos”, os ditadores aparecem no lugar dos veículos e para decidir o mais “poderoso” são analisadas características dos governantes. Entre elas, a idade que tinha quando chegou ao poder, o tempo que governou e até quantas pessoas morreram durante seu mandato.
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“Se já jogávamos competindo para ver qual arma era a mais poderosa, por que não competir com as pessoas que controlavam esses arsenais?”, disse Jörg Wagner, um dos criadres, em entrevista à BBC Brasil.
O ex-presidente brasileiro foi incluído na terceira edição do jogo, quando a categoria “fascistas clericais”, para incluir ditadores ligados à igreja, foi criada.
À BBC, Wagner afirmou que o Brasil só não entrou na segunda edição, composta principalmente ditaduras militares, porque foi muito difícil encontrar apenas um ditador cruel que representasse o período no país.
Para Wagner, a definição de “pior” depende muito de cada rodada do jogo e qual aspecto será escolhido para ter mais valor. Em uma disputa com Hitler na rodada em que o tempo no poder é mais importante, Vargas seria considerado o pior. Isso porque o brasileiro ficou 18 anos no governo e Hitler, apesar do número alto de vítimas, ficou 12.
O jogo “Tiranos” integra uma série de produções da Weltquartett intitulada “Misérias do Mundo”. Entre os outros jogos, estão “Epidemias”, “Drogas”, “Vermes e Pestes”, “Centrais Nucleares”, e “Desastres petroleiros”.
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