Suplente pretende pedir cadeira de Derosso na Câmara

O primeiro suplente do PSDB na Câmara de Vereadores de Curitiba pretende requerer a vaga de João Cláudio Derosso, que deixou o partido nesta segunda-feira (8). Em entrevista à Gazeta do Povo, Edson do Parolin disse que vai conversar com os dirigentes do PSDB na tarde desta terça-feira (8) sobre os procedimentos que devem ser adotados para que ele assuma a cadeira de Derosso.

"Fiquei sabendo da decisão do Derosso hoje (terça-feira). Vou conversar com o partido e pretendo assumir essa vaga", afirmou o suplente.

O mandato de Derosso vai até 31 de dezembro de 2012, porém, a cadeira pode ser requerida na Justiça Eleitoral pelo partido ou pelo suplente, Edson do Parolin.

Edson do Parolin afirmou que, se assumir a vaga, pretende trabalhar pelas comunidades do Parolin e região. "Se eu conseguir a vaga, pretendo trabalhar pela área social", disse o suplente. Ele recebeu 4.670 votos em 2008.

O ex-presidente da Câmara pediu a desfiliação do partido na segunda-feira (7), diante da ameaça de expulsão. Ele enviou uma carta de próprio punho à executiva do partido, que estava reunida para decidir sobre a expulsão dele.

Indefinição no PSDB

O presidente estadual do PSDB em exercício, deputado Valdir Rossoni, afirmou que a decisão de pedir a vaga de Derosso na Câmara caberá ao diretório municipal. "Não posso entrar nessas particularidades. O problema é do suplente e de diretório municipal", resumiu Rossoni.

A assessoria de imprensa do PSDB afirmou que o diretório municipal ainda não decidiu se vai ou não requisitar a vaga. A reportagem tentou entrar em contato com o presidente do diretório municipal do PSDB, Fernando Ghignone, mas não obteve sucesso, até as 12h30.

Os vereadores tucanos João Cordeiro e Emerson Prado – respectivamente, presidente da Câmara e líder do partido no legislativo municipal – afirmaram apenas que a decisão caberá ao PSDB.

Suplente de Derosso já tem condenação na Justiça Eleitoral Edson do Parolin pode chegar à Câmara com uma condenação judicial. A informação foi divulgada pelo blog Caixa Zero, da Gazeta do Povo, nesta manhã. Não chega a ser "ficha suja", já que a condenação não se refere a nenhum dos itens previstos na lei da ficha limpa.

Ele foi condenado a multa de R$ 5 mil em 2010 por ter feito campanha antecipada para Beto Richa (PSDB). Durante um evento da FAS, ao lado de Fernanda Richa, os dois aproveitaram a distribuição de cobertores no Parolin para defender a eleição do atual governador.

O caso ainda não transitou em julgado, mas tem decisão de colegiado (o Tribunal Regional Eleitoral) e já teve um recurso negado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Edson do Parolin não quis comentar o caso nesta terça-feira (8). O suplente afirmou que vai conversar com o PSDB nesta tarde e depois deverá se pronunciar.