Ana Maria Branco de Holleden durante a cerimônia de posse no Cine Ópera, em Ponta Grossa, na tarde desta terça-feira (1º)| Foto: Luciano Mendes / especial para a Gazeta do Povo

Um suposto sequestro impediu que os vereadores de Ponta Grossa fizessem a eleição para presidente da Câmara do município dos Campos Gerais nesta terça-feira (1º). A assessoria da vereadora reeleita Ana Maria Branco de Holleden (PT) relatou, durante a tarde, que ela foi vítima de um sequestro no trajeto entre o centro da cidade e a Câmara Municipal, no bairro Ronda.

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Ana Maria participou, no começo da tarde, da cerimônia de posse dos parlamentares municipais no Cine Ópera, na região central de Ponta Grossa. Ela teria que seguir para a Câmara, mas, durante o trajeto, segundo o motorista da vereadora, a petista foi obrigada a entrar em um carro branco, a princípio de sequestradores.

Danilo Cesto, delegado da 13ª sub-divisão policial do município, relata que o filho e do motorista do carro em que estava Ana Maria prestaram depoimentos. Os relatos apontam que um motoqueiro se aproximou do carro com uma faca e cortou os pneus do Audi verde em que estava a petista. Em seguida, um homem com uma arma de fogo obrigou Ana a entrar em um gol branco sem placas.

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Mais tarde, segundo o delegado, os familiares da vereadora receberam uma ligação de um número desconhecido. Ela teria dito apenas que estava bem e não deu detalhes sobre sua localização.

Confusão na Câmara

A bancada de vereadores de Ponta Grossa é composta por 23 parlamentares. Destes, 11 são da oposição e 12 da situação do governo. Com a notícia de que a vereadora foi sequestrada, toda a bancada de oposição se fechou em uma sala para debater quais as medidas que deveriam ser tomadas sobre o assunto.

Da bancada de situação, 11 – dos 12 vereadores – estavam presentes. O número é menor do que o mínimo necessário para fazer uma votação. Como 23 vereadores fazem parte da Casa, são necessários pelo menos 12 votos para compor maioria simples em uma matéria.

Com o impasse, uma confusão se formou entre os vereadores, que continuam no parlamento debatendo o assunto. A Polícia Militar chegou a ser chamada para controlar a situação no local. Por volta das 20h45, o debate sobre o que será feito foi adiado para esta quarta-feira (2).

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