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Investigação será conduzida pelo STF porque Collor, que é senador, tem foro previlegiado | Sheyla Leal/Agência Senado
Investigação será conduzida pelo STF porque Collor, que é senador, tem foro previlegiado| Foto: Sheyla Leal/Agência Senado

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito para investigar o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) pelos depósitos que teria recebido do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal A apuração contra Collor, determinada pelo ministro do Supremo Teori Zavascki, ocorre quatro meses depois de ele ser absolvido na Corte da última ação a que respondia em razão das acusações que o levaram ao impeachment, em 1992.

A Justiça Federal do Paraná foi quem solicitou ao Supremo o pedido de abertura do inquérito para apurar o caso. O questionamento foi remetido ao STF porque Collor, como senador, tem direito a foro privilegiado.

Em maio, veio a público que o ex-presidente foi beneficiário de oito depósitos em sua conta pessoal, no valor de R$ 50 mil. Os comprovantes das operações foram encontrados na casa de Alberto Youssef, em uma busca e operação feitas pela Polícia Federal.

No dia 26 de maio, na tribuna do Senado, Collor negou ter qualquer relação com o doleiro. "Posso afirmar de forma e de modo categórico que não o conheço e jamais mantive com ele qualquer relacionamento pessoal ou político", disse. No pronunciamento de 18 minutos, ele não negou ter recebido os depósitos de Youssef, assim como não esclareceu os motivos do recebimento do dinheiro na sua conta.

Collor, candidato à reeleição no Senado por Alagoas, afirmou, em seu programa eleitoral na televisão de anteontem, que foi vítima de um "golpe parlamentar" que lhe tirou da Presidência da República em 1992. Ele também exibiu pronunciamentos de parlamentares que o cumprimentaram pela absolvição no caso.

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