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Rio de Janeiro - O vice-presidente da República, Michel Temer, reagiu ontem a denúncias de que um rombo de R$ 500 milhões, durante o governo Lula, teria sido encontrado na Fundação Nacional de Saúde (Funasa) . Na época, o PMDB comandava a instituição. Temer disse que a reportagem, publicada pela Folha de S. Paulo na edição de ontem, não ameaça a permanência do PMDB à frente da Funasa no governo de Dilma Rousseff.

Segundo o vice-presidente, que também é presidente nacional do PMDB, já há um acordo entre o ministro da Saúde, o petista Alexandre Padilha, e o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, para que o futuro presidente da entidade seja escolhido de comum acordo entre os dois partidos. Temer disse ainda que, "se for apurado que houve desvios [na Funasa], deve haver sanções".

A reportagem da Folha revelou que auditorias concluídas nos últimos quatro anos pela Contro­­ladoria-Geral da União (CGU) apontaram que a Funasa foi alvo de desvios que podem ultrapassar R$ 500 milhões. A entidade é controlada desde 2005 pelo PMDB, partido de Temer. Tem atuação nas áreas de saneamento básico e saúde indígena e controla um orçamento anual de R$ 4,7 bilhões.

Henrique Eduardo Alves também falou sobre o caso. Ele fez 21 comentários no Twitter defendendo Danilo Forte, ex-presidente da Funasa na época da investigação. "Dr. Danilo pediu tomadas de contas especiais para analisar vários convênios efetuados com a Funasa", declarou. "Se alguma irregularidade houvesse, que fosse responsabilidade do dirigente, as contas de dr. Danilo não teriam sido aprovadas integralmente."

Em abril de 2010, outro afilhado de Alves, Faustino Lins, assumiu a presidência da Funasa. O PMDB luta para que Lins continue no cargo. Em entrevista, o ministro Padilha disse não haver ainda definição para o comando da fundação.

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