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O governo federal está disposto a mandar reforços na área de segurança pública para São Paulo assim que o governador José Serra (PSDB) encaminhar um pedido formal. Em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo" publicada no domingo (7), o governador afirmou que pedirá à União o aumento do efetivo da Polícia Federal no estado e a cooperação das Forças Armadas no setor de inteligência.

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse no domingo (7) que "qualquer pedido será bem acolhido". Tarso garantiu que iniciativas dos estados para que a União colabore nessa área serão bem-vindas. "O governo federal pode e deve ajudar, principalmente na área de segurança pública. Apesar de a segurança ser responsabilidade dos estados, a União deve e pode participar, principalmente em função da nacionalização dos delitos e da organização das quadrilhas", disse o ministro.

Serra pretende pedir ajuda ao governo federal, especialmente nas áreas de prevenção e inteligência. O governador considera que, para diminuir a criminalidade, é preciso fortalecer o combate ao tráfico de drogas e de armas e ao contrabando. Mas o governador também quer mais agilidade na liberação dos recursos do Fundo Penitenciário Nacional.

O governo federal responsabiliza os estados pela lentidão nos repasses, cobrando mais projetos. Já os governadores dizem que a União dificulta o acesso aos recursos. "O que Serra exige é o cumprimento dos deveres constitucionais do governo federal e que não haja demagogia", disse o líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN).

O deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), membro da CPI do Tráfico de Armas, também defende a postura do governador paulista. "Serra está na direção correta. A CPI bateu muito nessa questão do controle do tráfico de armas e drogas."

O líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou o combate ao crime como bandeira de campanha. "Como o presidente fez discurso de palanque, todos os governadores vão pedir ajuda. Assim, ele tem que descer do palanque e ajudar de forma real."

O diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, adiantou que São Paulo e Rio serão os focos da corporação este ano. Até dezembro, 1.500 agentes serão formados. Lacerda ressaltou ainda que a criação de dois novos centros, um na capital fluminense e outro na capital paulista, para concentrar os setores de inteligência e órgãos especializados, também vai requerer mais policiais.

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