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Iatauro: nomeação para a Copel criou um dilema ético no TC | Pedro Serápio / Gazeta do Povo
Iatauro: nomeação para a Copel criou um dilema ético no TC| Foto: Pedro Serápio / Gazeta do Povo

O Tribunal de Contas (TC) do estado promoveu uma mudança administrativa para impedir que a inspetoria comandada por Ta­­tianna Iatauro seja responsável pela fiscalização da Copel. A su­­gestão foi feita pelo presidente do TC, conselheiro Hermas Bran­­dão, e acatada por unanimidade pelos demais conselheiros. A intenção é evitar que Tatianna tenha a atribuição de fiscalizar o trabalho do próprio marido, Rafael Iatauro, que é diretor de Finanças da Copel.

A Gazeta mostrou ontem que a ida de Iatauro para a Copel criou um dilema ético no tribunal. Procurado pela reportagem na quarta-feira, Hermas afirmou que não havia impedimento jurídico para que a esposa de Iatauro continuasse à frente da inspetoria. Apenas afirmou que o tribunal estava tomando o cuidado de não deixar que ela, pessoalmente, fizesse inspeções na Copel.

Ontem, porém, Hermas levou à sessão do pleno do tribunal um documento sugerindo uma solução para o caso. O meio encontrado por ele para evitar problemas éticos foi retirar a fiscalização da Copel das atribuições da 5.ª Ins­­petoria de Controle Externo, na qual trabalha Tatianna. A proposta foi aprovada por unanimidade.

No texto lido em plenário, o presidente do TC afirmou que fica claro o impedimento de atuação da inspetora. "A continuidade desses trabalhos macularia a imagem de Controle Externo desta Casa, por não comportar mais a imparcialidade e a impessoalidade exigidas na Constituição Federal como norte da administração pública", afirmou Hermas.

A reportagem apurou que, já em abril, a inspetora avisou a seus superiores do tribunal sobre a situação. No ofício, ela dizia se sentir desconfortável com a situação e pedia que fosse encontrada uma situação provisória enquanto durasse a permanência de seu marido no atual cargo. No entanto, até ontem nenhuma atitude havia sido tomada.

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