A maioria já foi formada no Tribunal de Contas da União (TCU) para liberar a presidente da Petrobras, Graça Foster, do bloqueio patrimonial no processo que investiga a aquisição da refinaria de Pasadena. Mas a decisão final do caso foi adiada pela terceira vez. O resultado parcial do julgamento é de dois votos pela indisponibilidade de bens e cinco votos contrários. O último ministro a votar, contudo, Aroldo Cedraz, pediu vista do processo.
Cedraz sinalizou no sentido de seguir o entendimento do ministro-relator do caso, José Jorge, que pediu o bloqueiro dos bens. Mas Cedraz adiou a decisão com a justificativa de que precisaria se debruçar melhor sobre o caso. Ainda que ele vote com o relator, a maioria já entendeu que Graça não deve ter os bens indisponibilizados.
Assim, a presidente da estatal não deverá ser incluída na medida cautelar de bloqueio de bens, aplicada a 11 dirigentes e ex-dirigentes da empresa envolvidos na aquisição da refinaria de Pasadena entre eles José Sérgio Gabrielli, Nestor Cerveró, Almir Barbassa e Paulo Roberto da Costa.
Os ministros que já votaram, contudo, concordaram em incluir Graça e o ex-diretor da estatal Jorge Zelada no novo processo que vai apurar a culpa dos suspeitos por um prejuízo de US$ 792 milhões com a compra da refinaria norte-americana. Por um erro, os dois não haviam sido incluídos no processo em um primeiro momento. Apesar de entrarem no caso a partir de agora, eles não terão decretada a indisponibilidade de bens.
Votaram pelo bloqueio dos bens de Graça o relator do caso, ministro José Jorge, e o ministro Augusto Sherman. Os ministros Walton Alencar, Benjamin Zymler, Raimundo Carreiro, Bruno Dantas e José Múcio foram contra o bloqueio patrimonial dos diretores envolvidos na decisão sobre a sentença arbitral único ponto do processo em que Graça é incluída.
Dilma
A presidente Dilma Rousseff disse no início da noite de ontem, em entrevista concedida no Palácio da Alvorada, que "se fez justiça" no TCU com a presidente da Petrobras, Graça Foster. "Eu acho que se fez Justiça. Se a maioria do TCU decidiu [por não bloquear os bens], já se fez justiça. Era questão de justiça. Eu sempre declarei que a Graça Foster é uma pessoa íntegra, competente, capaz e uma pessoa extremamente dedicada. Fico feliz com essa informação", disse a presidente.
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