• Carregando...

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), assumiu o papel de patrocinador de um acordo para votar ainda neste ano a proposta de emenda constitucional que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. A proposta, no entanto, enfrenta grande resistência dos líderes partidários, temerosos de enfrentar uma questão como essa, que mexe com trabalhadores de um lado e com empresários, do outro, em um ano eleitoral.

Em mais uma rodada de negociação, Temer recebeu hoje representantes da federações comerciais, contrários à votação do projeto. O presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB), José Paulo Cairoli, classifica a votação da emenda neste ano de "precipitada e eleitoreira". Ao contrário das centrais sindicais de trabalhadores, a confederação considera que a redução da jornada não será capaz de gerar novos empregos e aponta a dificuldade para as micro e pequenas empresas que atuam no comércio, caso a proposta se transforme em lei.

Apesar do empenho de Temer em buscar um acordo, a questão não tem consenso entre os partidos políticos. "Projetos desse tipo não são adequados para deliberação em ano de eleição", afirmou o líder do PSDB, João Almeida (BA). O líder do PMDB Henrique Eduardo Alves (RN), constata que o tema é polêmico e a discussão central é sobre a oportunidade ou não de se tratar do tema em ano eleitoral.

A votação do projeto tem o apoio do PPS. A Executiva do partido divulgou nota pública defendendo a aprovação da proposta. "Esta é uma bandeira do partido desde 1982, quando ainda era PCB (Partido Comunista Brasileiro)", diz a nota.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]