Nas conversas que teve nesta terça-feira (10) com deputados que foram ao Palácio do Jaburu, o vice-presidente Michel Temer disse que, se o Senado aprovar nesta quarta-feira (11) o afastamento da presidente Dilma Rousseff, não haverá uma cerimônia para sua posse no comando do país.
Ele disse, também, que se confirmado o cronograma do Congresso, na quinta-feira, ao assumir o cargo, fará a primeira reunião de trabalho aberta para transmissão ao vivo. Neste encontro, em que reunirá ministros, fará um pronunciamento sobre as medidas prioritárias que serão adotadas por seu eventual governo.
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Aos deputados, Temer também confirmou sua decisão de reduzir dos atuais 32 para 22 os ministérios, com fusões, extinções e perda de status de pastas. Nas conversas que teve nesta terça-feira, com parlamentares do PMDB, PSDB, DEM, PPS, SDD e PSB, o vice fez um apelo para que os partidos compreendam a necessidade de reduzir o tamanho da máquina pública e que evitem pressões por cargos no primeiro escalão.
“Ele deixou claro que precisa atender às ruas e à opinião pública e, também, o Congresso para ter uma base política sólida para aprovar medidas”, relatou um deputado que esteve no Jaburu.
Paralelamente ao apelo de Temer, um grupo de peemedebistas tenta conter a bancada de deputados do partido na Câmara, afoita por cargos.
“É preciso o entendimento de que este governo é de salvação nacional. O PMDB não pode ficar com todos os ministérios. Desses 22, tem cinco ou seis, já é muito. Estamos trabalhando dentro da bancada para reduzir a pressão”, disse o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), que passou parte da manhã na residência oficial do vice.