O nome de Rodrigo Maia (DEM), atual presidente da Câmara, é bem visto pelo governo caso ele busque a reeleição.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Em meio às articulações para as eleições para o comando da Câmara e do Senado, o presidente Michel Temer afirmou na sexta-feira, através de seu porta-voz Alexandre Parola, que não vai se envolver diretamente na disputa. A eleição no Congresso está marcada para fevereiro de 2017 e algumas candidaturas já começaram a ser discutidas por parlamentares.

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Com medo de um racha em sua base aliada e o aumento na dificuldade para aprovar as reformas do governo, Temer escalou o seu porta-voz para afirmar que, “à semelhança do que aconteceu nas eleições municipais, em que não interveio em nenhuma das disputas eleitorais, o presidente manterá a conduta de não envolvimento no processo de escolha e eleição das futuras presidências do Senado Federal e da Câmara”.

Segundo o comunicado do porta-voz do Palácio do Planalto, o presidente sabe que tem “uma ampla base parlamentar” e que precisa manter o apoio de deputados e senadores para conseguir aprovar no Congresso as matérias que propõe.

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Nos bastidores, porém, Temer tem demonstrado simpatia pela ideia de o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), concorrer à reeleição e tem interesse direto que o líder do seu partido no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), chegue à presidência do Congresso em fevereiro.

Tucanos

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na manhã deste sábado que a reeleição de Maia para a presidência da Câmara dos Deputados “é uma solução natural” para a Casa. O tucano, contudo, afirmou que “essa discussão cabe à área federal e ao Legislativo”. “Não pretendemos interferir”, resumiu a jornalistas após participar da solenidade de abertura do 1.º Feirão Morar Bem, Viver Melhor, realizado na capital paulista. O evento imobiliário é voltado a servidores estaduais e a inscritos no auxílio moradia.

No último dia 3, o jornal O Estado de S.Paulo revelou que o PSDB pode lançar algum nome para a presidência do Senado em 2017, caso seja preterido pelo Palácio do Planalto na disputa pela Câmara dos Deputados. Já o governo simpatiza com o plano de reeleger Maia embora, oficialmente, afirme que não exerce influência.