Sessão é marcada por empurrões, bate-boca e confusão generalizada.| Foto: /Agência Câmara

A oposição venceu na tarde desta terça-feira (8) a eleição para a escolha da chapa que irá controlar a comissão especial que irá analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

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Governistas disputavam com uma chapa com 47 nomes. A oposição e dissidentes da base reuniram 39 deputados. Os titulares das vagas remanescentes a comissão terá 65 deputados serão escolhidos posteriormente.

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Uma série de confusões e brigas físicas dentro do plenário da Câmara marcou o início da sessão desta terça. Favorável ao impeachment, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), iniciou a sessão e abriu a votação rapidamente, sem discursos e sem aceitar o questionamento dos governistas, o que irritou parlamentares do PT e de partidos aliados a Dilma.

Eles queriam que a votação fosse aberta, não secreta, como definiu Cunha, e ingressaram no Supremo Tribunal Federal para tentar mudar o modo de votação. A votação, porém, ocorreu secretamente.

Quando Cunha iniciou a votação, deputados do PT se postaram então em frente às 14 cabines de votação instaladas no plenário para evitar que os deputados de oposição votassem. Houve empurra-empurra e troca de ofensas. Três urnas chegaram a ser quebradas.

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Vários deputados tentaram tirar os petistas a força, entre eles o José Carlos Aleluia (DEM-BA). Cunha suspendeu a sessão, mas ela foi retomada.

Parlamentares da oposição levaram imagens do boneco Pixuleco (do ex-presidente Lula vestido de presidiário) ao plenário e chegaram a exibi-los ao lado da mesa da Presidência.

O receio do Palácio do Planalto era que, em uma escolha secreta, a chapa oposicionista fosse eleita, o que acabou ocorrendo. Isso pode significar uma ameaça a Dilma Rousseff, já que a maioria dos integrantes do grupo vencedor é favorável ao afastamento da presidente.

Com o respaldo do Palácio do Planalto, no entanto, o PCdoB recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar derrubar a chapa alternativa lançada pelos partidos de oposição. A medida ainda será julgada. O caso será analisado pelo ministro do Supremo Luiz Edson Fachin .

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