São Paulo (AE) No interior da ala progressista da Igreja Católica, que empenhou forças para ajudar Luiz Inácio Lula da Silva a chegar à Presidência da República, é cada vez mais evidente o descontentamento com governo. O mais recente exemplo disso é o livro "Brasil: Oportunidades Perdidas. Meus Dois Anos no Governo Lula", recém-lançado pela editora carioca Garamond.
Como diz o título, o autor, o teólogo e cientista social Ivo Poletto, passou dois anos no governo, trabalhando no chamado Projeto de Mobilização Popular, vinculado ao Fome Zero.
Quando saiu do projeto, em dezembro do ano passado, Poletto não escondia a desilusão. Pelo que viu e ouviu, chegou à conclusão de que o governo escorregou para uma política assistencialista, compensatória, sem promover a participação da sociedade no controle dos programas sociais, como tinha prometido; deixou de ouvir os movimentos sociais e passou a favorecer as relações com as antigas oligarquias municipais. "O que foi colocado em prática tem pouco ou nada a ver com o que os movimentos sociais e as entidades da sociedade civil apresentaram como proposta".
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