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Adversários avaliam que Renan Calheiros conseguiu, mais uma vez, vender a Lula o que não terá como entregar: a bancada do PMDB unida ou quase isso em apoio à candidatura de Aldo Rebelo (PC do B-SP) para a presidência da Câmara.

Serpentário 1 – No mesmo dia em que ofereceu almoço a Michel Temer (PMDB-SP) e o estimulou a se candidatar, Renan já telefonava a lideranças da sigla nos Estados em busca de suporte para Aldo.

Serpentário 2 – No fim da tarde de quinta, Temer deixou Brasília convencido de que estava tudo bem. No aeroporto, o celular tocou. Era um deputado do PMDB, que disse: "O Renan te traiu".

Vodu – Renan fez bem em não aparecer no convescote do PMDB ontem em São Paulo. O que lá se disse sobre o presidente do Senado não pode ser publicado.

Pelas beiradas – Ciro Nogueira (PP-PI) avisou a Aldo que não desistirá de sua candidatura para apoiá-lo. E telefonou ontem a Temer para cumprimentá-lo pelo aniversário. "Abriria mão somente por um nome de centro", diz o príncipe do baixo clero. "Não é o caso do Nonô nem do Aldo".

Eleitorado invisível – Nogueira, que coordenou a campanha de Severino Cavalcanti, calcula que terá entre 100 e 150 votos. Um pefelista experiente aposta que Nogueira irá ao segundo turno com Nonô. "Baixo clero não fala, mas vota."

Pariu um rato – A agenda entregue por Jeany Mary Corner à Polícia Federal revelou-se uma decepção. Tratava-se de um caderno de 2000, antes dos tempos áureos das festas de Marcos Valério, e o único nome de político era de um obscuro deputado de Goiás.

Entre iguais – Quinta à noite, no vôo São Paulo-Washington, Antônio Palocci encontrou seu antecessor na Fazenda, Pedro Malan. Ambos seguiam para a reunião do FMI. A bordo estava também Henrique Meirelles, o que levou um passageiro a comentar: "Só dá tucano neste avião".

Conte comigo – No aeroporto da capital americana, Palocci foi abordado por uma turista brasileira. "Ministro, me dê motivos para não anular meu voto no ano que vem", disse a moça. "Farei todo o possível", respondeu ele.

Celebridade – Por fim, um rapaz foi interpelado pela segurança do aeroporto depois de tirar fotos de Palocci. Mas tudo terminou bem.

Lição de casa – Conforme acertado no dia de seu depoimento à CPI dos Bingos, Juscelino Dourado, ex-chefe-de-gabinete de Palocci, entregou esta semana à comissão suas declarações de renda desde 2000 e documentação relativa à sua movimentação bancária.

Fechou o tempo 1 – A confusão na Câmara deixou passar despercebido um arranca-rabo ocorrido na terça-feira entre o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e o presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli.

Fechou o tempo 2 – O primeiro cobrou o atraso de um projeto na área de gás no Ceará. O segundo culpou o governo Fernando Henrique. Exaltado, o tucano chamou o governo de corrupto, deu murro na mesa e abandonou a reunião.

TIROTEIO

* Do deputado pefelista ACM Neto (BA), sobre as movimentações do governo para influir na sucessão da na Câmara:

– O PT e o Planalto mais uma vez agem como barata-tonta. O fato de o partido apresentar o nome do atual líder do governo na Casa e esse nome não durar 24 horas demonstra a dificuldade que terão na eleição.

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