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Brasília (Folhapress) – Um dia depois de divulgado o relatório da CPI que reforça a tese do mensalão, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), que presidirá a votação dos processos de cassação dos envolvidos, disse não acreditar que parlamentares receberam recursos para votar com o governo.

Ex-líder do governo na Câmara e ex-ministro da Coordenação Política, ele afirmou que a tese, defendida ontem pela CPI, "não se sustenta’’. Aldo afirmou que acredita no argumento exposto por deputados envolvidos de que o dinheiro pagaria dívidas de caixa 2 de campanhas eleitorais.

"Não acredito que os parlamentares tenham recebido dinheiro para votar matérias a favor ou contra o governo. Essa convicção eu tenho até hoje’’, afirmou o presidente da Casa. Aldo disse ainda que a tese do "mensalão’’ não está provada em nenhum lugar. Mesmo assim, disse considerar crime a prática de caixa 2. "O caixa 2 é crime. Eu não preciso dizer isso’’, declarou.

No entanto, o deputado Romeu Queiroz (PTB-MG), que admitiu ter recebido recursos das contas de Marcos Valério Fernandes de Souza, foi absolvido no plenário da Câmara. Aldo disse, porém, que o julgamento na Casa é mais rápido e mais rigoroso que processos no Judiciário.

Na quarta-feira, o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), divulgou uma prestação de contas em que reafirma a existência do "mensalão’’, que seria um pagamento para atender a necessidades de deputados e partidos. Sua exposição foi aplaudida no plenário da CPI, que defende a tese da existência do "mensalão’’.

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