O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ) negou nesta quinta-feira (7) os pedidos de liberdade a três dos 15 auditores fiscais da Receita Estadual presos ou foragidos, investigados por corrupção pela Operação Publicano, em Londrina. Dentre os servidores da Receita que vão continuar presos está Márcio Albuquerque de Lima, ex-inspetor-geral da Receita do Paraná. Ele é considerado pelos investigadores do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço policial do Ministério Público Estadual (MP), como um líder do esquema de propinas no órgão. Em Londrina, Lima foi parceiro de corridas do governador Beto Richa.
O TJ também negou habeas corpus ao auditor Dalton Lázaro Soares, preso na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2). Ficou mantida ainda a manutenção do pedido de prisão do auditor Miguel Arcanjo Dias, foragido e procurado pela polícia junto com Ana Paula Lima, casada com Márcio Albuquerque Lima.
Os desembargadores da 2.ª Câmara Criminal do TJ foram unânimes ao negar os pedidos de liberdade e acompanharam o voto do relator, desembargador Laertes Ferreira Gomes. Os resultados dos demais julgamentos ainda não haviam sido revelados até o fechamento desta edição.
Como as decisões tiveram origem em um colegiado de desembargadores, as defesas podem recorrer, agora, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar libertar os acusados. Até o momento, 62 pessoas são acusadas de arquitetar um esquema de pagamento de propinas em troca do “perdão” de dívidas milionárias de ICMS de empresas e empresários de Londrina e região.



