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Processo de extradição de AbaAdía pode ser demorado

O traficante Juan Carlos Ramirez Abadía deverá ser extraditado para os EUA, mas o processo promete ser complicado e demorado, segundo especialistas consultados. Ele foi preso na terça-feira em um condomínio de luxo na Grande São Paulo. Abadía, um dos traficantes mais procurados pelos Estados Unidos, é apontado como chefe do Cartel Norte Del Valle, o maior cartel colombiano atualmente. O colombiano responde por mais de 300 assassinatos e foi preso em uma ação da PF, a Operação Farrapos, para o controle do tráfico de drogas.

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Advogado de traficante colombiano descarta delação premiada

Depois de afirmar que a Justiça analisava a concessão da delação premiada para o traficante colombiano Juan Carlos Abadía, o advogado Sérgio Alembert, que representa o criminoso, disse que o benefício não será necessário.

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O traficante colombiano Juan Carlos Ramirez-Abadía deve ser transferido neste sábado para o presídio de segurança máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, onde cumpre pena também o traficante brasileiro Fernandinho Beira-Mar. Sérgio Alambert, advogado de Abadía, disse que seu cliente quer ser extraditado o mais rápido possível para os Estados Unidos, pois tem muitos crimes cometidos naquele país e quer começar já a cumprir a pena. Abadía é acusado de 15 assassinatos. Na Colômbia, ele é suspeito de 300 homicídios.

O chefão do pó prestou na sexta-feira o terceiro depoimento à Polícia Federal e admitiu ter formado um patrimônio de aproximadamente US$ 10 milhões no Brasil, em nome de terceiros (o equivalente a R$ 19 milhões). Parte deste valor foi apreendido na noite de quinta-feira em uma mansão construída em um condomínio de alto padrão em Campinas, a 94 quilômetros de São paulo. Abadia teria enterrado no local US$ 952 mil e 420 mil euros (cerca de R$ 3 milhões).

No local, a Polícia Federal prendeu um dos comparsas do traficante, o colombiano Jaime Verano Garcia, de 49 anos, e seu motorista brasileiro, Eliseu Almeida Machado. Garcia recebia R$ 7 mil por mês apenas para tomar conta do tesouro do traficante.

Os policiais chegaram à mansão em Campinas após descobrirem um mapa apreendido na casa de Abadia, na Aldeia da Serra, na Grande São Paulo, na última terça-feira. O superintendente da Polícia Federal, Jaber Saadi, afirmou que o papel indicava o local no jardim da mansão onde o dinheiro estava enterrado. Em janeiro, a polícia colombiana encontrou US$ 81 milhões (cerca de R$ 160 milhões) enterrados em um imóvel do traficante Abadía na Colômbia.

Segundo Alambert, Abadia nega ser dono de 16 empresas que são atribuídas a ele, mas admite ter usado emprestado duas delas, localizadas em São Paulo, para receber dinheiro proveniente do crime. O superintendente da PF, Jaber Saadi, afirmou que Garcia se preparava para fugir da cidade, com destino ao Uruguai. Ele está no Brasil há um ano e três meses, é casado com uma colombiana e tem dois filhos, um deles brasileiro, e atuava como laranja para Abadía.

O superintendente da PF em São Paulo negou que as prisões em Campinas tenham sido feitas a partir de informações dadas por Abadía. O traficante já afirmou que quer colaborar com os policiais, mas até a tarde de sexta-feira não foi assinado nenhum acordo de delação premiada, que prevê redução de pena em troca de informações que ajudem nas investigações.

- Logo que Abadía foi preso, ele (Garcia) tirou o dinheiro da casa e mandou seu motorista esconder - disse Saadi.

Após cerca de uma hora e meia de interrogatório, Garcia telefonou para o motorista Eliseu Almeida Machado, de 37 anos, que também acabou sendo preso. No começo da tarde de sexta-feira, a polícia apreendeu em Vitória (ES), uma lancha que pertencia a Abadía. A embarcação está em nome de um empresário capixaba e vale US$ 1 milhão.

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