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São Paulo – Uma jovem de 13 anos confessou à Polícia Militar do Rio de Janeiro, durante depoimento na madrugada de ontem, que participou do ataque da última terça-feira ao ônibus 350, que resultou em cinco pessoas carbonizadas e 13 feridas.

Ela foi detida após uma denúncia anônima. Os policiais a encontraram na sexta-feira no morro do Josias, em Jacarepaguá.

A adolescente disse que é namorada do traficante Lorde, suposto mandante do ataque. Segundo os policiais, a menina informou que foi ela quem fez o sinal para que o ônibus parasse. Ela estava acompanhada na hora do crime. Quatro dos envolvidos foram mortos por traficantes menos de 24 horas após a tragédia.

Na noite de terça, pelo menos sete criminosos pararam o ônibus e atearam fogo sem deixar que os 30 passageiros saíssem. Eles derramaram gasolina no chão do ônibus e jogaram uma bomba caseira, que explodiu. Uma criança de 1 ano e sua mãe morreram carbonizadas. As duas foram enterradas na sexta-feira no cemitério de Irajá, no Rio de Janeiro.

Especula-se que a vingança de Lorde aconteceu depois que ele teria sido extorquido por dois policiais, que também teriam matado três conhecidos do traficante pela falta de pagamento de propina.

A garota, menor de idade, foi encaminhada para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, que pretende continuar com as investigações.

Em entrevista à radio na manhã de ontem, o chefe da Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, afirmou que os traficantes que incendiaram o ônibus 350 tinham a ordem de impedir a saída dos passageiros do veículo. Segundo o delegado, o depoimento derruba a tese de que poderia ter acontecido um acidente e que os traficantes não pretendiam assassinar os passageiros:

"O objetivo deles era matar aquelas pessoas. A ordem passada foi essa e eles cumpriram à risca."

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