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Tucano será presidente no biênio 2015-2016 | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Tucano será presidente no biênio 2015-2016| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Nas galerias

Posse foi marcada por protestos contra Richa

A posse dos deputados estaduais foi marcada por protestos contra o governador Beto Richa (PSDB), presente na cerimônia. Um grupo de cerca de 15 manifestantes, que ficou nas galerias superiores da Assembleia Legislativa, gritou "Richa caloteiro, cadê o meu dinheiro?" em vários momentos da cerimônia. Eles protestavam contra a decisão do governo , anunciada na quinta-feira, de não pagar o terço de férias do funcionalismo e as rescisões de contratos de professores contratados pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS).

Os protestos foram pacíficos e não houve incidentes mais grave – apenas alguns bate-bocas com pessoas que assistiam à posse no mesmo setor. Richa deixou a Assembleia assim que a cerimônia se encerrou e mais uma vez não falou com a imprensa.

Eleito presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB), que era líder do governo na legislatura passada, disse que vê com naturalidade os protestos, mas que se trata de um "segmento raivoso". "As medidas que estão sendo tomadas vêm para defender o cidadão. Talvez elas venham a machucar algum segmento que talvez já tenha benefícios demais."

Ele também minimizou o impacto das medidas. "O governador não está tomando o salário [dos servidores], ele vai efetuar o pagamento na sequência. É apenas um momento de dificuldade", disse. Já o novo líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), prometeu que o governo vai pagar o que é devido.

Líder da oposição, Tadeu Veneri (PT) avalia que Richa não pode usar a falta de receitas como desculpa para não pagar os servidores, uma vez que o estado teve um crescimento considerável na arrecadação – a receita corrente líquida aumentou 56% em quatro anos, contra uma inflação de 24%.

  • Richa foi alvo de protestos na Assembleia

Eleito ontem presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado Ademar Traiano (PSDB) disse que "vai estudar" a proposta de efetivar a aposentadoria complementar dos deputados. O assunto se arrasta desde 2009, quando houve a sanção tácita da matéria. Entretanto, para ela passar a valer, o presidente do Legislativo precisa promulgá-la, o que nunca ocorreu.

Traiano disse que ainda precisa tomar conhecimento da situação desse processo, mas que não vai implementar a aposentadoria se tiver impacto no caixa do Legislativo. De acordo com estimativas de três anos atrás, porém, seriam necessários pelo menos R$ 50 milhões para iniciar o sistema. Pelo texto à espera de promulgação, depois de aposentado, o deputado receberia até 85% de seus vencimentos – o equivalente hoje a R$ 20,3 mil.

Traiano afirmou também que dará continuidade à reforma do regimento interno da Casa e ao concurso público para contratar servidores.

Candidato único, o tucano foi eleito com 51 votos dos 54 deputados presentes – Tadeu Veneri (PT) e Professor Lemos (PT) se abstiveram; Nelson Justus (DEM) não votou por presidir a sessão.

Antes da eleição, os deputados da nova legislatura foram empossados. Ao todo, são 33 reeleitos, 19 novatos e dois parlamentares que já tinham exercido mandato.

Nesta semana, dois parlamentares deixarão a Assembleia: Ratinho Jr. (PSC), secretário estadual do Desenvolvimento Urbano, e Douglas Fabrício (PPS), secretário de Esporte e Turismo. No lugar deles, assumem Evandro Araújo (PSC) e Cristina Silvestri (PPS).

Começo tenso

Projetos polêmicos do governo do estado devem ser protocolados já nesta primeira semana de funcionamento da Assembleia, que começa hoje. Segundo Luiz Claudio Romanelli (PMDB), líder do governo na Casa, um novo conjunto de medidas de contenções de despesa será apresentado, abrangendo as mais diversas áreas do governo.

Entretanto, Romanelli disse não poder adiantar o teor das propostas. De acordo com o deputado, não está descartada a votação dessas medidas em regime de comissão geral – o popular "tratoraço".

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