Os juízes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná negaram, nesta quinta-feira (24), o pedido de cassação do mandato do vereador Professor Galdino por infidelidade partidária. A decisão acompanhou o parecer do Ministério Público que, no início do mês, já havia favorecido o vereador. Galdino foi eleito vereador em 2008 pelo Partido Verde (PV), mas foi expulso da legenda em março.

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O vereador foi acusado pelo PV de caixa dois (recebimento de recursos não contabilizados oficialmente) e assédio sexual contra uma ex-funcionária de seu gabinete. O partido então entrou com pedido de cassação do vereador, com base na regra da fidelidade partidária, solicitando a cadeira de Galdino. A ex-funcionária Kátia Rosana Curtis de Mello, que fez a denúncia, retirou a queixa de assédio em junho. Para o vereador, o partido apresentou a denúncia para tirar o foco da discussão sobre a exoneração de dois funcionários indicados pelo PV para seu gabinete. Eles eram pagos pela Câmara de Vereadores, mas prestavam serviços para o partido.

Desde a expulsão do PV, Galdino permanece sem partido. Segundo a assessoria de imprensa do vereador, ele deve anunciar sua filiação a um novo partido nas próximas semanas. "Esta é uma decisão muito séria, eu sou livre para decidir, meu único compromisso é com o eleitor, não dependo de barganhas políticas" afirma o parlamentar.

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O PV afirmou que na segunda-feira (28) entrará com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, para reverter a decisão do TRE. Na visão do partido, o julgamento no TRE apresentou falhas ao não levar em consideração atitudes antiéticas adotadas pelo vereador.