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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Aprovado o fundo da televisão

Parte do dinheiro para bancar a TV Assembléia virá da venda das contas salário dos servidores da Casa para os bancos Itaú e HSBC, por R$ 7 milhões. A criação de um fundo especial onde será depositado o dinheiro foi aprovada ontem, em primeira discussão, pelos deputados estaduais.

O dinheiro – R$ 5 milhões do Itaú e R$ 2 milhões do HSBC – vai ajudar a pagar as despesas mensais de R$ 350 mil que a Assembléia tem com a empresa GW, que ganhou a licitação para produzir os programas da televisão legislativa.

O projeto foi aprovado sem discussão. Segundo o presidente Nelson Justus (DEM), o fundo já nasce com R$ 7 milhões em caixa e será gerido pelos oito integrantes da Mesa Executiva. A venda das contas vai representar uma verba "extra" no orçamento da Assembléia, que é de R$ 220 milhões por ano. O projeto segue hoje para segunda votação.

O telespectador que imagina ver na TV Assembléia apenas discursos inflamados e votações enfadonhas de projetos de lei pode ter uma surpresa a partir do próximo mês, quando entra no ar TV Sinal – como será oficialmente chamado o canal de televisão do Legislativo paranaense. Nas 12 horas de programação diária, não só as atividades parlamentares terão destaque, mas também a cultura regional, os problemas dos municípios e até a culinária do Paraná.

Os deputados estaduais assistiram ontem a uma prévia dos conteúdos que estão sendo preparados. A apresentação foi feita pelo presidente da Assembléia, Nelson Justus (DEM), nas instalações próximas ao plenário onde vão funcionar os estúdios da TV Sinal.

Além da transmissão ao vivo das sessões plenárias e das votações na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), serão exibidos na TV programas gravados previamente e documentários. Ao todo, são 12 programas que tratam dos mais variados temas – desde os mais amenos como o "Tempero da Terra", que ensina a cozinhar pratos típicos da culinária paranaense, até discussões aprofundadas entre deputados, governantes e especialistas sobre temas nacionais.

A população terá espaço na TV através do programa "É seu direito", que vai explicar como o telespectador pode reivindicar seus direitos e exercer a cidadania. Outros programas abordarão temas leves, mas de caráter informativo e cultural, como o "Essa casa tem história", que falará sobre casarões históricos e espaços que têm importância pelo papel que exercem na vida da comunidade.

Na mesma linha, também estão previstos documentários como o "Onde você estava?", que traz depoimentos da população sobre momentos marcantes na história do município ou do estado. Outro programa apresentado ontem é "O Dono da Rua", que vai apresentar detalhes sobre os personagens que dão nome a ruas.

Boa parte dos programas será gravada no interior. Um deles, chamado "O que você mais gosta na sua cidade", trará moradores falando de forma descontraída sobre as impressões e as particularidades do local onde vive. Os principais problemas dos municípios também serão abordados.

Já o programa "Tá na lei" vai mostrar os projetos dos deputados que foram transformados em lei e o impacto deles na vida das pessoas. No "Aqui é assim", o telespectador poderá conhecer os bastidores da Assembléia, como o serviço de taquigrafia e a gráfica.

Com o slogan "TV Sinal – a casa do povo na sua casa", a idéia da Mesa Executiva é oferecer atrações variadas para segurar o telespectador. "A instalação da TV Assembléia, uma promessa antiga do Legislativo, terá uma produção de altíssima qualidade, moderna e atual, que não vai se ater somente à cobertura de plenário. Todos ficarão satisfeitos com o resultado", garantiu Nelson Justus.

Os deputados que assistiram à prévia saíram animados porque vão ser "estrelas" de uma programação considerada atraente. "Alguns que são quase mudos até vão começar a falar", provocou Antônio Belinati (PP), freqüentador diário da tribuna. "É nota dez. Com certeza vamos ter a melhor TV Assembléia do país", disse Luiz Malucelli Neto (PSDB).

Para a deputada Cida Borghetti, a TV terá papel importante porque não vai mostrar só o trabalho do Legislativo, mas "resgatar a história do Paraná". O deputado Reinhold Stephanes também gostou da programação, mas disse preferir que a TV se chamasse Assembléia e não Sinal.

"Só quero saber em que canal será transmitido", disse o vice-líder do governo, Cleiton Kielse (PMDB), outro que aprovou a programação. A Assembléia ainda não definiu o canal onde será exibida a programação. Deve abrir licitação nos próximos dias para escolher uma emissora e para o aluguel mensal de um satélite que vai permitir a transmissão para o interior do estado. A TV deve funcionar no sistema a cabo a partir de novembro. Mas a intenção da Mesa Executiva é conseguir um canal aberto para garantir maior audiência.

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