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Um dia antes de o Ministério Público do Paraná (MP) pedir o bloqueio de bens e acusar João Cláudio Derosso por improbidade administrativa, o vereador Dirceu Mo­­­reira (PSL) recomendou que o Conselho de Ética da Câmara de Curitiba arquive uma denúncia contra o presidente da Casa. O argumento foi "falta de provas".

Derosso havia sido denunciado ao conselho por suspeitas de irregularidades envolvendo a da revista Câmara em Ação. A publicação, destinada à divulgação das atividades do Legislativo municipal, consumiu R$ 18,3 milhões dos cofres públicos entre 2003 e 2010 – mas poucas pessoas viram edições impressas do material, o que levantou suspeitas. A revista era de responsabilidade da agência de publicidade Visão, que juntamente com a Oficina da Notícia (da mulher de Derosso) venceu a licitação de propaganda da Casa em 2006 (a Visão já havia vencido concorrência anterior).

Em um relatório, de apenas duas páginas, Dirceu Moreira admitiu que não fez diligências e que baseou suas investigações apenas nas notas fiscais apresentadas pela própria Câmara para recomendar o arquivamente da investigação. A decisão de arquivar a denúncia, porém, ainda tem de ser tomada pelos demais integrantes do Conselho de Ética.

O pedido de arquivamento revela o clima que a Câmara vive: existem investigações sobre o caso, mas todas parecem esbarrar na má vontade de alguns vereadores em dar andamento às investigações do caso. Além do Conselho de Ética, as suspeitas também são investigadas por uma CPI.

Tribunal de Contas

Paralelamente às investigações da Câmara e do MP, o Tribunal de Con­­­­­­tas do Estado (TC) também abriu formalmente, em 31 de ou­­­­tubro, uma apuração do caso devido a indícios de 12 irregularidades nos contratos de publicidade da Casa. O trabalho só deve começar efetivamente na semana que vem.

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