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Em Curitiba, um terço dos vereadores mudou de partido no primeiro ano do atual mandato. Entre os que trocaram de legenda, estão alguns parlamentares que eram fiéis aos partidos de origem há vários mandatos.

É o caso do vereador Paulo Salamuni, que depois de 20 anos filiado no PMDB, partido pelo qual foi eleito quatro vezes vereador de Curitiba, decidiu mudar para o PV. Na época da decisão, na metade do ano passado, ele comparava a relação que tinha com o PMDB a um casamento que havia acabado. As mágoas de Salamuni começaram nas eleições de 2004, quando o seu antigo partido resolveu apoiar o PT para a prefeitura de Curitiba e com isso não lançou candidato próprio. Apesar da mudança, Salamuni defende a fidelidade partidária e critica os que mudam de legenda com interesses exclusivamente eleitorais. "É uma espécie de swing eleitoral. Trocam um ano antes, escolhendo onde é mais fácil se eleger", diz Salamuni.

O vereador Serginho do Posto saiu do PPS, partido pelo qual foi eleito para o primeiro mandato em 2004, e ficou oito meses sem partido, até que se filiou ao PSDB na semana passada. "Saí do PPS de uma maneira tumultuada e resolvi escolher com calma o novo partido", diz Serginho, que não poderá se candidatar neste ano por ter se filiado a menos de um ano das eleições. Foi filiado ao PPS um ano e meio e diz que trocar de legenda pesa. "Tem muitos que mudam para um partido menor para ter mais facilidade de se eleger. Não foi meu caso pois fui para um partido maior, com nomes fortes para compor as chapas", diz Serginho.

A maior parte dos "infiéis" fez a escolha nas vésperas do prazo definido pela legislação eleitoral, pela qual a pessoa deve estar filiada ao partido um ano antes das eleições para poder se candidatar. Custódio da Silva (PRTB), Julieta Reis (PSB), Roberto Hinça (PDT) e Manassés de Oliveira (PPS) trocaram de partido em setembro, mês limite para a mudança.

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