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Antonio Casemiro Belinati chega ao quarto mandato como prefeito de Londrina aos 65 anos. Em 40 anos de vida política, sua biografia reúne uma série de cargos eletivos e milhares de "belinatistas" que se identificam com seu discurso populista.

Casado e pai de três filhos, Belinati nasceu em Campo Grande (MS) e chegou a Londrina em 1957, aos 14 anos de idade. Ainda adolescente, iniciou a carreira como locutor comercial, o que lhe deu popularidade para tornar-se vereador em 1968. Dois anos depois chegou à Assembléia Legislativa. Em 1972, concorreu à prefeitura de Londrina pela primeira vez e perdeu para José Richa. Em 1974 é eleito deputado federal. Em 1976 tenta novamente à prefeitura de Londrina e vence Wilson Moreira. Quando deixa o cargo – em 1982, antes do fim do mandato –, as finanças estão desequilibradas pela primeira vez na história do município.

Em 1988, ganha novamente a eleição para a prefeitura, vencendo José Tavares. Nessa gestão, o Ministério Público (MP) propõe duas ações denunciando superfaturamento em compra de terrenos pela Companhia de Habitação (Cohab). No fim do mandato, pediu licença do cargo para concorrer uma vaga na Assembléia, e é eleito.

Em 1996 Belinati venceu Luiz Carlos Hauly no segundo turno e se elegeu prefeito pela terceira vez. Em 1998, a Copel comprou 45% das ações da Sercomtel por R$ 186 milhões. Cerca de R$ 123 milhões são depositados no Cogefi (fundo criado para desenvolver projetos na cidade), mas nenhuma obra pública prometida foi realizada. Em função disso, o MP pediu seu o afastamento, o que a Justiça concede em 15 de maio de 2000. Belinati é afastado por três vezes de seu cargo e, em 23 de junho de 2000, após uma sessão histórica na Câmara londrinense, com 26 horas de duração, foi cassado por 14 votos a 6. Entre as acusações, os gastos excessivos (cerca de R$ 1 milhão) para divulgar obras e o desvio de R$ 200 milhões no esquema que ficou conhecido como Ama/Comurb. Com a cassação, foi expulso do PFL e ficou inelegível por três anos. Em 2004, concorreu à prefeitura, pelo PSL, mas acabou derrotado por Nedson Micheleti (PT). Em 2006 foi eleito deputado estadual mais uma vez.

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