| Foto: Andressa Anholete/AFP

O Uruguai engrossou na quinta-feira (1.º) a lista dos países que criticaram o impeachment de Dilma Rousseff. Em um comunicado que a apresenta como “eleita legitimamente pelo povo brasileiro”, a chancelaria uruguaia disse considerar “uma profunda injustiça” a destituição, “apesar da legalidade invocada”.

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Na quinta-feira, após a votação que cassou o mandato da petista no Senado, Bolívia, Equador e Venezuela chamaram seus embaixadores no país de volta. Os embaixadores brasileiros nos três países também foram chamados de volta, segundo o Itamaraty.

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O comunicado uruguaio amplia a distância entre a diplomacia dos dois países, que têm exposto suas diferenças dentro do Mercosul. O Uruguai defende a posse da Venezuela na presidência semestral e o Itamaraty é contra.

O chanceler José Serra visitou Montevidéu em julho para tentar mudar a posição do vizinho. Um mês depois, o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, afirmou a parlamentares que o Brasil tinha tentado na ocasião comprar o voto uruguaio com vantagens comerciais. O Itamaraty exibiu seu descontentamento chamando o embaixador uruguaio para explicar o caso. Nin Novoa então recuou e alegou tratar-se de um mal-entendido.