Os procuradores federais suspeitam de enriquecimento ilícito de Vaccari| Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO CONTEÚDO
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Em depoimento à força tarefa da Operação Lava-Jato, o vice presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, disse que o tesoureiro do PT J oão Vaccari Neto exigiu uma doação de mais de R$ 10 milhões ao PT a título de propinas atrasadas da Diretoria de Serviços. Leite fechou um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), que ainda não foi homologada pela Justiça Federal. O MPF suspeita que Vaccari comandava o esquema de corrupção: “Não apenas o conhecia (o esquema de corrupção), mas o comandava, direta ou indiretamente”, disse a denúncia encaminhada pelo MPF à Justiça Federal nesta segunda-feira.

Em 2010, Vaccari teria procurado Leite para acertar “as contas” da Camargo Corrêa. A empresa estaria devendo parte do pagamento de propina acertado com o ex-gerente de Serviços, Pedro Barusco, e o ex-diretor de Serviços, Renato Duque. O trecho está na denúncia apresentada contra Vaccari, Duque e outras 25 pessoas. “Dentro desse contexto relatado e com base nos depoimentos, confissões e documentos, não há qualquer dúvida de que João Vaccari tinha plena ciência, na qualidade de tesoureiro e representante do Partido dos Trabalhadores, do esquema ilícito e, portanto, da origem espúria dos valores”, afirma a denúncia.

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Os procuradores suspeitam de enriquecimento ilícito de Vaccari: “há evidências de que os esquemas estabelecidos no seio da Petrobras serviam a partidos políticos e a projetos pessoais de enriquecimento ilícito de detentores de cargos públicos, inclusive dele próprio”.