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O empresário Marcos Valério de Souza admitiu nesta terça-feira, em reunião reservada com integrantes da CPI do Mensalão, que não foi o único operador do esquema montado pelo PT. Segundo o relator da CPI, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), Valério não identificou quem mais participou do financiamento das campanhas petistas ou do pagamento de mesadas a aliados do governo.

A preocupação maior do empresário foi mostrar que a lista de sacadores que apresentou à CPI pode ser comprovada a partir da análise da movimentação financeira dos envolvidos. Ele também forneceu o sobrenome de alguns sacadores identificados em sua lista apenas pelo primeiro nome.

- Está cada vez mais claro que o Marcos Valério não é o único operador do PT. Cabe à CPI agora identificar os demais participantes desse esquema de financiamento - disse o senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA), sub-relator de movimentação financeira, que participou da reunião com Valério.

Diante da análise da contabilidade do empresário, a CPI conseguiu identificar pelo menos mais quatro sacadores de dinheiro: Francisco de Assis Novaes, Newton Vieira Filho, Fernando César Rocha Pereira e Luiz Calos Miranda Faria, que foi candidato a vereador pelo PTB em Ipatinga (MG) no ano passado e teria recebido R$ 68 mil do esquema. Por enquanto, a comissão não conseguiu vincular os três outros a nenhum partido ou parlamentar envolvido no esquema do mensalão.

- Já verifiquei se eles (sacadores) estão vinculados a alguma secretaria parlamentar. Agora vamos investigar se são empregados de alguma corretora como a Bônus Banval ou Guaranhuns para ver se há algum vínculo com algum político - explicou Abi-Ackel.

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