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O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e seu ex-sócio, o advogado Rogério Tolentino, foram condenados por corrupção em um processo derivado do mensalão tucano. Cabe recurso da decisão. Segundo o Ministério Público Federal, o mensalão tucano foi um esquema de desvio de dinheiro de empresas públicas de Minas Gerais para financiar a reeleição do então governador Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998.

De acordo com a denúncia, Tolentino teria recebido R$ 303.350,00 de Marcos Valério em setembro e outubro de 1998, quando era juiz do TRE-MG, para dar decisões favoráveis à chapa de Azeredo.

Marcos Valério foi condenado por corrupção ativa, e Tolentino, por corrupção passiva. Eles terão de cumprir pena de quatro anos e quatro meses de prisão. A decisão é da 4.ª Vara Criminal de Belo Horizonte.

De acordo com decisão, Tolentino "votou sistematicamente em prol das teses sustentadas pelo partido do candidato Eduardo Azeredo e seu vice". Ainda segundo a sentença, as decisões favoráveis "eram concomitantes aos recebimentos das quantias, para as quais inexiste qualquer lastro e mediante dissimulação de sua origem".

Valério e Tolentino cumprem pena por participação no mensalão petista, esquema de compra de apoio político durante o governo do ex-presidente Lula.

Em 2012, Valério foi condenado a 40 anos e 4 meses pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos, evasão de divisas e formação de quadrilha. Tolentino cumpre pena de seis anos e dois meses por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

O deputado Eduardo Azeredo (PSDB) e o senador Clésio Andrade (PMDB), então vice na chapa de Azeredo, também são réus em processos que tramitam no STF sobre o suposto desvio de recursos públicas em Minas.

Na semana passada, o procurador-geral da Republica, Rodrigo Janot, deu parecer pedindo a condenação de Azeredo a 22 anos de reclusão. O deputado sempre negou ter envolvimento nos crimes pelos quais é acusado. A reportagem não conseguiu falar com os advogados de Valério e Tolentino.

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